O número de desempregados inscritos nos centros de emprego foi de 418,2 mil pessoas em agosto, o que representa uma queda homóloga de 16,1%, mas uma subida de 0,5% face ao mês anterior, divulgou esta terça-feira o IEFP.

Segundo dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em agosto de 2017 havia menos 80,5 mil pessoas inscritas nos centros de emprego face ao mesmo mês do ano passado.

Já o aumento em cadeia do desemprego, de julho para agosto, deveu-se sobretudo a um acréscimo do número de jovens inscritos (3,3%) e de idêntica subida do número de pessoas à procura do primeiro emprego (3,6%). Os únicos níveis de habilitação em que o desemprego cresceu foram o ensino superior (4,6%) e o ensino secundário (1,5%).

Fonte do IEFP explica que o aumento do desemprego registado em agosto está relacionado com a transição para o mercado de trabalho de um conjunto de jovens que concluíram os estudos, uma tendência regular nesta altura do ano.

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A mesma fonte sublinha que o desemprego registado em agosto subiu em 15 dos últimos 20 anos, sendo que a última vez que diminuiu foi em 2001. Em contrapartida, na comparação homóloga, o desemprego jovem caiu 20,2% (menos 11,6 mil jovens inscritos) e o número de desempregados de longa duração, ou seja, inscritos há mais de 12 meses, teve uma queda de 14,1% (menos 34,3 mil). Face ao mês anterior, o número de desempregados de longa duração diminuiu 1% para 210 mil pessoas.

Número de casais com ambos os cônjuges desempregados também desceu em agosto

O número de casais em que ambos os cônjuges estão desempregados atingiu, no final de agosto, 9.072, uma redução de 14,4% face ao mês homólogo, e uma subida de 0,2% em relação ao mês anterior, de acordo com os mesmos dados.

De acordo com a informação mensal do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), face a agosto do ano passado havia menos 1.521 casais em que ambos os cônjuges estavam desempregados. Por outro lado, comparando com julho, o número de casais aumentou em 22.

A Lei nº 4/2010, de 5 de maio, veio introduzir a obrigação de constar nas bases de dados do IEFP o estado civil do desempregado, ou situação equiparada, e a condição laboral do cônjuge, devendo ser publicada a informação estatística referente ao número de casais em que ambos os cônjuges se encontram na situação de desemprego.

No final de agosto de 2017, estavam registados nos serviços de emprego do continente 392.182 desempregados, dos quais 46% eram casados ou viviam em situação de união de facto, totalizando 180.494.

O número de desempregados casados ou em situação de união de facto caiu 17,1% face ao mesmo mês de 2016 (menos 37.245 desempregados), enquanto aumentou 0,3% (mais 599 desempregados) face a julho de 2017.