A loja de brinquedos Toys ‘R’ Us abriu falência nos Estados Unidos e no Canadá enquanto tenta fazer uma reestruturação da dívida. A cadeia de retalho, que durante muitos anos teve o controlo quase total da venda de brinquedos, tem sofrido nos últimos anos uma diminuição da procura devido ao crescimentos de serviços como a Amazon ou da expansão de outras grandes superfícies daqueles países como a Walmart e a Target.

Ainda assim, a Toys ‘R’ Us garantiu que os negócios na Europa e na Austrália, assim como um empreendimento conjunto na Ásia, não estão em risco. A empresa assegura que a maior parte das suas lojas por todo o mundo continua a ser rentável e que vai apostar forte na época natalícia, a melhor do ano para o negócio.

Esta decisão é outra prova de que as lojas e as grandes superfícies têm muitas dificuldades em manter a mesma fasquia das vendas online e acabam por ver em primeira mão os efeitos negativos das compras na internet. Um estudo da Global Data Retail conclui que, em 2016, 13,7% das compras de brinquedos foram feitas através da internet – mais 6,5% do que há cinco anos.

“Esta década tem visto uma mudança dramática no mercado de brinquedos doméstico com os novos canais, a competição aumentada e a nova tecnologia a terem um impacto negativo no setor e nas lojas de brinquedos tradicionais. Infelizmente, a Toys ‘R’ Us não tem respondido eficazmente a esses desafios”, afirma Neil Saunders, o diretor da Global Data Retail.

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A Toys ‘R’ Us quer utilizar o processo de bancarrota para reestruturas as dívidas. Alguns patrocinadores da histórica loja já investiram um total de três mil milhões de dólares, numa tentativa de mega-financiamento para resolver a situação. A empresa diz que esta injeção de dinheiro vai melhorar a saúde financeira e suportar todas as operações durante o processo de falência.

13,7%

É a percentagem de compras de brinquedos feitas 0nline em 2016, mais 6,5% do que há cinco anos, revela um estudo da Global Data Retail.

“O nosso objetivo é trabalhar com os nossos credores para reestruturar os cinco mil milhões de dívida a longo prazo no nosso orçamento, o que nos vai dar mais flexibilidade orçamental para investir no nosso negócio”, garante o diretor executivo da Toys ‘R’ Us, Dave Brandon.

A loja de brinquedos apostou há poucos meses no futuro e disponibilizou um serviço de compras online. Ainda assim, corre o risco de fechar 1.600 lojas e despedir 64 mil funcionários.