Modelo que é, por estes dias, o protótipo de superdesportivo por excelência na marca da estrela, assim como na sua participada, a AMG, o Mercedes-AMG Project One pode vir a conhecer outras derivações. Mais precisamente, uma versão de motor eléctrico desenvolvido na Fórmula E, cujo surgimento no mercado poderá acontecer em 2025.

A revelação foi feita pelo próprio chairman da Daimler A.G. e presidente da Mercedes, Dieter Zetsche, que reconheceu, em declarações à britânica Auto Express, que a companhia pretende adaptar a tecnologia eléctrica utilizada na Fórmula E, em modelos que possam ser utilizados nas estradas dos nossos dias.

Depois de o próprio grupo já ter assumido como objectivo fazer com que 25% das vendas venham a ser de veículos eléctricos, até 2025, e depois de já ter sido anunciada a decisão da Mercedes-AMG correr na Fórmula 1 eléctrica, já a partir da temporada de 2019-2020, o mesmo responsável admitiu assim uma possível união dos dois propósitos. Concretizada no desenvolvimento de um superdesportivo capaz de anunciar os mesmos níveis de potência e atractividade que o recentemente desvendado Project One. O qual, recorde-se, tratando-se para já de um concept, anuncia uma potência máxima de 1.000 cv.

Qualificando a decisão de avançar com um projecto deste género, 100% eléctrico, como “estratégica” e capaz de “marcar o futuro da AMG”, Dieter Zetsche reconheceu que a marca tem “planos muito precisos sobre a forma como quer aplicar tecnologias eléctricas, como os sistemas semi-híbridos de 48V, híbridos plug-in ou até mesmo as soluções 100% eléctricas, assim como a forma como os deve aplicar nos veículos mais desportivos”.

Já quando questionado, directamente, sobre se acha que a tecnologia utilizada na Fórmula E poderá vir a ser aplicada num topo de gama Mercedes-Benz, o presidente foi suficientemente elucidativo: “Não é por acaso que vamos entrar na Fórmula E em 2020. Competição que, aliás, pretendemos que seja muito mais que uma plataforma de relações públicas e marketing. Pelo contrário, queremos contribuir para que seja, cada vez mais, um palco desportivo, em que seja possível uma competição dura, real. Pelo que a resposta [à pergunta] é, sim.”

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