A Wave by Wave, um projeto português de terapia pelo surf (Surf Therapy) , foi convidada para ser um dos membros fundadores da “Global Surf Therapy Network”, uma rede global de terapia pelo surf. No final do mês, desloca-se até à Cidade do Cabo, na África do Sul, para oficializar esta parceria e participar num encontro com outras sete organizações internacionais, entre elas a UNICEF. A Wave by Wave surgiu da cabeça do vice-campeão nacional de surf Jorge Ferreira, que se juntou à psicóloga clínica Ema Shaw Evangelista, para trabalharem junto de crianças em situações de risco.

“Durante a última década, o #SurfTherapy tem vindo a ganhar força como uma forma alternativa de intervenção, e uma das organizações líderes do sector e nossa parceira desde a nossa génese, a Waves for Change, promove o encontro de uma rede recém-formada de organizações de Surf Therapy a nível global que se juntarão para compartilhar e aprender sobre o que define a nossa intervenção e torna a Surf Therapy tão impactante”, lê-se no comunicado do projeto.

Para o projeto português, que ainda este verão recebeu cerca de 70 crianças e jovens em instituições de acolhimento em quatro campos de Surf Therapy, esta “oportunidade” representa “um marco e um estímulo muito fortes para prosseguirmos com a nossa missão”.

“É sem dúvida uma honra para um projeto português poder fazer parte da fundação da primeira rede global em ‘Surf Therapy’ no mundo e uma confirmação de que o empreendedorismo social está representado no panorama internacional.”

A Wave by Wave está agora a tentar angariar fundos para dar início, no próximo dia 20 de outubro, a uma “intervenção anual com 64 crianças e jovens em Centros de Acolhimento no Concelho de Cascais”, onde será feita uma “uma avaliação sobre o impacto que o ‘Surf Therapy’ pode ter na reabilitação psicológica e física de populações sujeitas a situações traumáticas”.

Esta terapia pelo surf alia, como o nome indica, “os benefícios da prática do surf e do contacto com a natureza a uma intervenção terapêutica em grupo, a fim de promover indicadores como a regulação emocional, a resiliência, a redução de problemas de comportamento e outros promotores do bem-estar e saúde mental”. Ainda a dar os primeiros passos em Portugal, este é um método já utilizado em vários países com bons resultados.

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