Acaba de ser registado um sismo de magnitude 3.4 na Coreia do Norte. Autoridades chinesas suspeitam que na origem do tremor poderá estar uma explosão, apesar da Coreia do Sul negar esse cenário, afirmando que causas naturais estarão por trás do sismo. Entretanto, autoridades norte-americanas afirmam não ter detetado nenhum tremor. Apesar disso, Lassina Zerbo, secretário executivo da Comprehensive Nuclear-Test-Ban Treaty Organization, classificou o acontecimento de “atividade sísmica pouco usual”.

O epicentro do abalo terá sido na zona de Kilju, área conhecida por ser palco de vários testes nucleares. A televisão japonesa NHK avança que o tremor de terra terá ocorrido às 17h29 (hora japonesa) e que terá tido uma magnitude semelhante à registada a 3 de Agosto, data em que se registou o último teste nuclear norte-coreano.

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A tensão continua a aumentar

Entretanto, o mesmo canal japonês avança que forças marítimas do Japão e dos Estados Unidos estão, desde 11 de setembro, a realizar manobras no Oceano Pacífico (nas zonas costeiras perto de Tóquio e no sul da província de Okinawa). Os exercícios em questão, que têm data de termino apontada para 28 de setembro, envolvem o porta-aviões de propulsão nuclear USS Ronald Regan e o contratropedeiro japonês Ise. O porta-aviões norte-americano deverá seguir para perto da península da Coreia em breve, para realizar outros exercícios com a marinha sul-coreana.

Segundo a NHK, Tóquio decidiu divulgar publicamente os exercícios para enviar uma mensagem ao regime da Coreia do Norte, que na semana passada enviou um míssil de médio alcance que sobrevoou o norte do Japão.

O lançamento do projétil foi interpretado como uma represália da Coreia do Norte depois de a ONU (Organização das Nações Unidas) ter aprovado um novo pacote de sanções para castigar o país asiático pelo teste nuclear do passado dia 03 de setembro.

Num comício no estado norte-americano de Alabama, Donald Trump insinuou que Kim-Jong Un estará a planear testar uma bomba de hidrogénio sobre o oceano Pacífico. Afirmou ainda que se os Estados Unidos se virem forçados a defenderem-se a si próprios ou “aos seus aliados”, vão “destruir totalmente” a Coreia do Norte.

China vai limitar o abastecimento de petróleo a Pyongyang

A China anunciou hoje que vai limitar o abastecimento de petróleo à Coreia do Norte a partir de 01 de outubro, de acordo com as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU contra Pyongyang.

O Ministério do Comércio chinês anunciou também em comunicado a proibição geral das importações de têxteis norte-coreanos.

A China é o principal parceiro comercial de Pyongyang e, tradicionalmente, o seu principal apoio político, mas nos últimos meses aceitou a aprovação de duras sanções contra o país liderado por Kim Jong-un pelo Conselho de Segurança da ONU.

O novo pacote de sanções aprovado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, a 11 de setembro visa pressionar Pyongyang a acabar com os seus programas de desenvolvimento de armas nucleares e mísseis.

As sanções foram consideradas por Pyongyang como “ato de hostilidade para eliminar fisicamente as pessoas” da Coreia do Norte.