A notícia surpreendeu tudo e todos. Durante a tarde desta segunda-feira, o Jornal de Notícias avançava com a demissão de Pedro Proença, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) desde julho de 2015. Escrevia o jornal que Proença se tinha demitido no decorrer da Assembleia-Geral extraordinária do organismo.

Mas, afinal, o ex-árbitro não sai, confirmou pouco depois o Record. Parte da notícia era falsa. Outra parte não. É que continuava a ser expectável a marcação de eleições antecipadas na LPFP — um cenário que o Público confirmaria horas depois. Em causa estava uma revisão estatutária que obrigará a eleger nova direção.

Segundo o Público, o novo ato eleitoral deveria ter lugar até 15 dias após a aprovação dos estatutos. Não terá. Num volte-face, os clubes presentes na Assembleia-Geral extraordinária aprovariam os novos estatutos, com somente duas abstenções.

Mas, afinal, o que é que podia ter levado à queda da atual direção da Liga de clubes? Uma proposta de alteração apresentada pelo Paços de Ferreira aos regulamentos defendidos pela direção de Proença. Os representantes do Paços defendiam, escreve também o Público, que com a aprovação do documento cessariam de imediato os mandatos dos órgãos da Liga. Proença aceitou e a atual direção manter-se-ia interinamente em funções até novo ato eleitoral.

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Pouco depois, Proença optaria por levar novamente a votação a proposta inicial — alegando que fez “trabalho suficiente para ter a confiança” da Assembleia-Geral. Aprovada a revisão estatutária, tudo não passou de um braço-ferro. E Proença venceu-o.

Pedro Proença. O miúdo traquina do andebol que até é bom de pés

O Relatório e Contas do exercício 2016/17 da LPFP foi, também esta segunda-feira, aprovado por unanimidade em Assembleia-Geral . O executivo liderado por Pedro Proença apresentou, na sede do organismo, no Porto, um lucro de quase 2,5 milhões de euros, que mereceu a aprovação de todos os presentes.