Portugal subiu quatro lugares no ‘ranking’ mundial de competitividade do ‘World Economic Forum’ (WEF) e ficou na 42.ª posição, tendo os empresários apontado a burocracia e os impostos como os fatores mais problemáticos.

No Relatório da Competitividade Mundial do WEF, que será apresentado na quarta-feira de manhã pelo Fórum de Administradores e Gestores de Empresas (FAE), pela Associação para o Desenvolvimento da Engenharia (PROFORUM) e pela AESE Business School, em 2017 Portugal passou para a 42.ª posição no ‘ranking’.

A ineficiente burocracia do Governo (19%) e as taxas e os impostos (19%) “são os fatores mais problemáticos para os negócios e também a primeira preocupação este ano para os empresários”, de acordo com o documento, que indica ainda que a regulação laboral foi a terceira preocupação apontada pelos empresários (14%).

Segundo os empresários, a preocupação relativa à instabilidade política (13%) desceu do terceiro para o quarto fator de preocupação e as condições de acesso, que têm vindo a melhorar desde 2015, estão entre os fatores mais problemáticos (tendo sido referido por 10% dos empresários).

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Finalmente, também os regulamentos fiscais desceram este ano para o sexto fator de preocupação por parte dos empresários, tendo 7% apontado este aspeto como um problema para os negócios em Portugal.

A subida de quatro lugares este ano em relação à última edição foi acompanhada de um aumento da pontuação de Portugal, de 4,48 para 4,57, atingindo-se este ano a situação em que Portugal estava em 2006.

O resultado agora alcançado surge num contexto em que, após um período longo de deterioração (2006 a 2013), Portugal tinha conseguido subir 15 posições em 2014, do 51.º para o 36.º lugar no ‘ranking’).

Depois assistiu-se a uma nova perda de competitividade em 2015 e em 2016, ocupando Portugal a 38.ª e a 46.ª posições, respetivamente, o que representou uma queda de dois lugares no primeiro caso e de oito no segundo.