Atribuir um determinado valor a um construtor de automóveis, ou do que quer que seja, não é uma tarefa fácil, mas é exactamente o que a Interbrand faz anualmente, anunciando o valor exacto de cada fabricante de automóveis, bem como a respectiva rentabilidade.

O ranking dos construtores mais valiosos e mais rentáveis permite ainda comparar os fabricantes generalistas face aos premium, e as vantagens dos que se concentram em vender os seus produtos exclusivamente num ou em dois continentes, face aos que têm um alcance comercial mais global.

Toyota a mais valiosa

Os japoneses continuam a ser o fabricante com maior valor, isto apesar de terem caído 6% face a 2016, com a Toyota a ser avaliada em 2016 em 42.843 milhões de euros. O líder entre os construtores é a 7ª marca mais valiosa do mundo, sendo apenas batida por empresas como a Apple (que lidera, com um valor de 156.829 milhões de euros), seguida da Google (120.600 milhões), Microsoft (68.085 milhões), Coca-Cola (59.348 milhões), Amazon (55,134 milhões) e Samsung (47.872 milhões).

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A Mercedes surge na 2ª posição e a crescer 10%, com um valor de 40.280 milhões de euros, com a BMW a ser a 3ª do ranking entre os fabricantes de automóveis, com 34.967 milhões de euros.

Já a uma distância considerável dos seus concorrentes surge a Honda (+3%), com um valor de 22.696 milhões, seguida, também à distância, pela Ford (11.490 milhões) e a Hyundai (11.111 milhões), estas duas últimas a crescerem 5% face aos dados de 2016.

Segue-se a Audi (+2%) com 10.228 milhões, a Nissan (+4%) com 9.813 milhões, a Volkswagen (+1%) com 9.803 milhões e a Porsche (+6%) com 8.617 milhões de euros.

No ranking surge ainda a Kia (+6% e 5.684 milhões), a Land Rover (+7% e 5.185 milhões) e a Mini (+3% e 4.351 milhões). A Ferrari é avaliada pela primeira vez, sendo-lhe atribuído um valor de 4.148 milhões, o que a coloca à frente da Tesla, a quem é atribuído um valor de 3.410 milhões de euros.

Porsche é a mais rentável

Se estabelecermos uma relação entre os lucros e o número de veículos produzidos, temos que durante o ano de 2016 o fabricante mais rentável foi a Porsche, a encaixar 16.222 euros por cada unidade vendida. No ranking segue-se a Audi, com 4.995 euros por carro vendido, à frente da Mercedes (4.313 euros) e da General Motors (2.582 euros), valor que baixa radicalmente para 1.703 euros se considerarmos todo o grupo GM, em parte por ter de integrar a deficitária Opel/Vauxhall, que entretanto vendeu à PSA e que perdia 224 euros por cada automóvel que comercializava.

O Grupo Volkswagen, com todas as suas marcas, atinge um lucro médio por automóvel de 2.251 euros, com a Ford americana a reivindicar uma margem de lucro de 2.537 euros, valor que cai para 1.505 se adicionarmos os resultados nos restantes continentes, a começar pela Ford Europa.

Curiosamente, a Toyota, a marca mais valiosa, ganha apenas 1.711 euros por unidade vendida, surgindo à frente da PSA (1.405 euros), da FCA (Fiat e Chrysler, com 1.351 euros), Nissan (1.346 euros), Honda (1.053 euros), Renault (1.043 euros) e Ford Europa (663 euros).