Histórico de atualizações
  • Os catalães votaram. E agora?

    É a questão que se coloca. Leia aqui a análise do Observador à situação na Catalunha e ao que pode acontecer daqui para a frente.

    Da nossa parte, encerramos por aqui este acompanhamento ao minuto do dia do referendo. Tenha uma boa noite e obrigada por nos ter acompanhado!

  • Governo catalão faz reunião extraordinária na manhã de segunda-feira

    Às 10h30 (hora local, 9h30 em Portugal) o governo catalão irá reunir-se para discutir os resultados do referendo.

  • O executivo catalão diz que a participação eleitoral ficou nos 42%, o que, “nas circunstâncias atuais”, é uma participação “extraordinária”.

  • Questionado por um jornalista se o governo catalão irá proclamar a independência com este resultado, Junqueras responde que “é ao parlamento que compete declarar a independência”. Ou seja, aparentemente, o governo adia por alguns dias esse anúncio, para o fazer com o apoio parlamentar.

  • 'Sim' à independência teve 90% dos votos

    “O referendo celebrou-se, votou-se e contaram-se os votos. Com muitas dificuldades, mas celebrou-se. E passámos do ‘vamos votar’ para o ‘votámos'”, disse Jordi Turull, porta-voz do governo catalão, numa conferência de imprensa conjunta com Oriol Junqueras (vice-presidente catalão) e Raül Romeva (conselheiro das Relações Exteriores catalão).

    Turull anunciou os resultados da votação: 90,09% dos votos são a favor do ‘sim’ à independência e 7,87% pelo ‘não’. 2% dos eleitores votaram em branco e 0,8% fizeram um voto nulo. Ao todo, foram contados 2.262.424 boletins de voto. O governo catalão garantiu ainda que 400 escolas foram encerradas e confirmou os 844 feridos, dizendo que 73 deles apresentaram queixa.

    Na praça Catalunya a reação ao anúncio dos resultados foi de euforia:

  • Resultados: até agora, 92% a favor do 'sim'

    De acordo com o levantamento dos resultados feitos pelo La Vanguardia, nas assembleias de voto onde já se contaram votos, 92% dos eleitores escolheram o ‘sim’ à independência. No entanto, prevê-se que a contagem total dos votos seja demorada.

  • Ponto de situação às 22h15

    Ora então, resumindo e concluindo (que o dia já vai longo), vamos perceber o que aconteceu neste dia:

    • Milhares de catalães saíram à rua para votar, mas muitos deles acabaram por sofrer cargas policiais violentas quando a Polícia Nacional e a Guardia Civil tentavam encerrar assembleias de voto e apreender urnas. Ao todo, 844 pessoas foram assistidas pelos serviços de emergência médica, segundo dados fornecidos pelo governo catalão. Entre eles há dois feridos graves a registar.
    • Os Mossos d’Esquadra (polícia catalã) foram acusados de passividade e têm seis investigações pendentes sobre si, na sequência de algumas queixas.
    • Mariano Rajoy, primeiro-ministro espanhol, recusa as acusações de que as forças policiais reagiram com demasiada violência e culpou o governo regional da Catalunha pelo que aconteceu — “não procurem mais responsáveis, que não há”, disse. Sublinhando que o referendo “simplesmente não existiu”, o Presidente do Governo anunciou que vai convocar os partidos com assento parlamentar para discutir o que se passou.
    • Pedro Sánchez, líder do PSOE, deixou imediatamente a seguir ao discurso de Rajoyuma mensagem ao primeiro-ministro e à Generalitat catalã: “Negoceiem, negoceiem, negoceiem”.
    • Por fim, Carles Puigdemont, líder do governo regional catalão, anunciou que irá transferir os resultados do referendo para o Parlamento catalão, a fim de se cumprir o que está “previsto na lei do referendo”. Embora não se pronunciando sobre o resultado do referendo, Puigdemont anunciou que os catalães ganharam “o direito de ser um Estado independente”.

  • Carles Puigdemont: "Ganhámos o direito de ser um Estado independente"

    O presidente do governo regional da Catalunha, Carles Puigdemont, não assumiu a vitória no referendo mas garantiu que vai transferir os resultados para o parlamento regional, de modo a que se implemente a lei do referendo (declarada ilegal pelo Tribunal Constitucional, tal como o referendo em si) nos próximos dias.

    “Temos o direito de decidir o nosso futuro”, disse a partir do Palácio da Generalitat. “Ganhámos o direito de ser um Estado independente que é constituído sob a forma de uma república.”

    “Nos próximos dias transferirei para o parlamento da Catalunha os resultados do dia de hoje para que se atue segundo o que está previsto na lei do referendo”, disse num discurso na Praça da Catalunha, no centro de Barcelona. Sobre a violência deste domingo, disse: “Espanha escreveu uma página vergonhosa na sua relação com a Catalunha. Infelzimente, não é a primeira”.

    Depois, falou diretamente para a Europa, naquilo que é um gesto de afastamento de Espanha e de aproximação à União Europeia, da qual deseja fazer parte enquanto país soberano. “Ganhámos o respeito da Europa. Não podem olhar para o outro lado”, disse, referindo que agora o que se passa naquela região “já não é um assunto interno, um assunto europeu”.

  • Número de feridos sobe para 844

    O governo regional da Catalunha atualizou o número de feridos neste 1 de outubro para 844. A contagem anterior apontava para 761 feridos.

  • Pep Guardiola: "Eu não teria jogado"

    O antigo treinador do Barça, Pep Guardiola, deu uma entrevista à Catalunya Ràdio onde usou palavras duras: “As imagens não enganam, havia gente que queria votar, para decidir o seu futuro, e foi atacada com violência.” Perguntado sobre a situação do jogo entre o Barcelona e o Las Palmas, o treinador foi perentório: “Eu não teria jogado.”

  • O ministério do Interior atualiza o número de agentes de segurança feridos: são agora 33 (19 da Polícia e 14 da Guardia Civil).

  • No País Basco há várias manifestações de apoio ao referendo catalão. Aqui seguem imagens de um desses encontros:

  • Mais uma confirmação: Merkel e Rajoy não falaram hoje ao telefone, confirma o porta-voz adjunto do Governo alemão, Georg Streiter, ao El País.

  • Bandeiras de Espanha no Santiago Bernabéu

    No Real Madrid-Espanyol, também se passaram mensagens políticas. Ao minuto 12 (para simbolizar o dia 12 de outubro, dia nacional de Espanha), as bancadas do Santiago Bernabéu encheram-se de bandeiras espanholas. “Todos somos Espanha!”, gritou-se no estádio.

  • Outro jogador do Barcelona, Sergi Roberto, votou no referendo:

  • O Governo espanhol desmente que tenha havido qualquer telefonema de Angela Merkel para Rajoy, conta o El Periódico. A última conversa entre os dois foi no sábado, diz o Executivo.

  • Albert Rivera defende eleições autonómicas antecipadas

    O líder do Ciudadanos, Albert Rivera, diz que “o senhor Puigdemont está inabilitado para liderar a Catalunha” e pediu que se “acabe com o processo independentista e que seja dada a voz aos cidadãos catalães”.

    “A democracia é chamar todos os catalães para votar”, disse, para depois acrescentar, em catalão: “Queremos votar”.

    “Não tenham medo das urnas, não tenham medo dos censos oficiais”, disse ao governo regional, muito criticado pela maneira como preparou este referendo, para o qual não tinha o aval do Congresso dos Deputados nem do Tribunal Constitucional. “Façamos eleições com urnas de verdade e com boletins de voto de verdade”, acrescentou.

  • Catarina Martins: "O que se está a passar é de uma enorme gravidade"

    A coordenadora do BE considerou que “qualquer Governo democrático”, a começar pelo português, “deve condenar a violência policial a que assistiu” na Catalunha, lembrando que a Constituição portuguesa defende o direito à autodeterminação de todos os povos: “o que se está a passar hoje na Catalunha é de uma enorme gravidade”.

    Achamos que qualquer Governo democrático deve condenar a violência policial a que se assistiu na Catalunha, a começar pelo Governo português, até porque a constituição portuguesa respeita a autodeterminação de todos os povos. Nós lembramos que a Constituição portuguesa defende o direito à autodeterminação de todos os povos e independentemente do que pensemos sobre a independência da Catalunha ou mesmo sobre a constitucionalidade do referendo que está hoje a acontecer, a violência policial a que assistimos não pode deixar ninguém indiferente”, enfatizou.

    Lusa

  • Carles Puigdemont, chefe do executivo catalão, irá falar às 22h (hora local, 21h em Portugal).

  • Manuela Carmena, autarca de Madrid fala num “grande erro” e diz que é necessário ouvir “a vontade de tantos catalães que se querem expressar”.

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