A Proterra é uma empresa especializada em veículos pesados vocacionados para o transporte de passageiros e há três anos que colabora com o serviço de transportes públicos da Califórnia, fornecendo autocarros 100% eléctricos, com motores alimentados por baterias.

Prevendo-se que trabalhariam 24 horas por dia, inicialmente, os Proterra Catalyst E2, contornavam a limitação de autonomia imposta pela capacidade da bateria com estações de troca de acumuladores que, em meia hora, substituíam a bateria usada por outra carregada a 100%, o que permitia ao autocarro operar durante mais 3h30.

Com a evolução das baterias e a redução do respectivo custo, a Proterra passou a equipar os seus autocarros com acumuladores de maior densidade energética e de maior capacidade, oferecendo cada vez mais autonomia entre mudanças de bateria.

Produzindo as suas próprias baterias, numas novas instalações onde tem como parceiro a LG Chem, a Proterra tem vindo a conceber os seus modelos com cada vez maior autonomia, se bem que os autocarros actualmente ao serviço dos californianos estejam equipados com baterias com capacidades de 160 kWh e de 260 kWh (para se ter uma ideia, a maior bateria dos Tesla possui apenas 100 kWh).

Nos veículos concebidos para bater recordes e determinar até onde podem ir os veículos de transporte de passageiros destas dimensões e peso, a Proterra recorre a baterias de maiores dimensões. Assim, em 2015, um dos seus modelos percorreu 415 km com um acumulador com uma capacidade de 257 kWh, para um ano depois elevar a fasquia para 970 km, com uma bateria de 440 kWh. É certo que a bateria ganhou capacidade, mas todo o sistema está mais eficiente, como se prova pelo facto de, em 2015, o autocarro consumir cerca de 62 kWh por cada 100 km, valor que passado um ano caiu para apenas 45 kWh.

O novo recorde foi conseguido com uma bateria de 660 kWh, que permitiu ao Proterra rodar durante 1.772 km. Com um consumo de energia de somente 37 kWh por cada 100 km, o pesado veículo – tanto mais que só uma bateria destas deverá pesar qualquer coisa próxima das três toneladas – está cada vez mais eficiente sob o ponto de vista energético, tendo melhorado quase 50% em apenas dois anos.

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