A embaixada de Portugal em Díli começa a funcionar a partir de segunda-feira nas suas novas instalações, ao lado da sede do Sporting Club de Timor e perto do Palácio do Governo em Díli, três anos depois de as obras terem começado.

Com dois edifícios, um para a chancelaria e o segundo para o Centro Cultural – que integra Biblioteca, Sala de Exposições e Auditório – o complexo da embaixada tem uma área de construção de 2.700 metros quadrados e uma altura máxima de dois andares.

Projeto conjunto da empresa NLA, em parceria com a IDA-TL, a obra – que começou a 31 de maio de 2014 e teve um custo de cerca de 3,9 milhões de dólares – foi executada pela empresa portuguesa Ensul.

Construído ao longo da Avenida Marginal o complexo tem a sua entrada principal virada para o Palácio do Governo e a entrada de serviço na rua 25 de abril, onde está a sede do BNU.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A mudança foi esta sexta-feira anunciada num email enviado à comunidade portuguesa pelo embaixador de Portugal em Díli, Manuel Gonçalves de Jesus – que está prestes a terminar o seu mandato, seguindo para a chancelaria em Seul.

O correio eletrónico refere que a embaixada vai estar encerrada entre 5 e 9 de outubro para a mudança. A inauguração oficial ainda não tem data marcada.

Desde abril de 2000 que a primeira chancelaria da embaixada funciona no edifício que pertence à Associação Comercial, Agrícola e Industrial Timorense (ACAIT), onde está ainda instalada uma delegação do BNU e onde chegou a ser a sede dos Correios de Timor-Leste.

A instalação da chancelaria no edifício do ACAIT chegou a ser pensada como temporária, com o objetivo, em 2000, a ser instalar a embaixada no edifício da antiga câmara comercial chinesa.

Em termos formais, a embaixada só foi aberta naquele local depois da restauração da independência, a 20 de maio de 2002, tendo ali ficado nos últimos 15 anos.

Pouco tempo depois, o Governo timorense atribuiu a Portugal o espaço onde foi construída a nova embaixada – a placa de “futuras instalações” foi durante anos o único sinal do futuro edifício.

A primeira pedra do complexo acabaria por ser lançada a 21 de maio de 2012 pelo então Presidente português, Aníbal Cavaco Silva, que esteve em Timor-Leste para o 10.º aniversário da restauração da independência.