O Novo Banco confirma esta terça-feira se teve, ou não, sucesso a operação de compra de dívida cuja aceitação por parte de um número suficiente de investidores é condição essencial para que a venda não caia por terra. Os investidores donos destes títulos de dívida tiveram até ao final do dia de ontem, segunda-feira, para aceitar ou rejeitar as condições propostas, e continua a ser uma incógnita se a operação teve ou não sucesso — mas o Negócios noticia esta terça-feira que nos últimos dias vários fundos visados deram sinais de poder aceitar a proposta, à luz da alternativa (risco de uma nova resolução e mais perdas para todos os investidores).

Para tornar a proposta mais atrativa para os investidores, foi criada uma plataforma pelo banco Morgan Stanley — que também tem destes títulos de dívida — que pode resolver um dos aspetos que causavam apreensão entre os investidores: a impossibilidade de movimentar os depósitos de longo prazo que, nos termos da oferta, serão recebidos em troca com os títulos de dívida. O plano do Morgan Stanley passa pela criação de unidades de participação desta plataforma onde estão os direitos aos depósitos, no fundo criando um instrumento derivado que, ao contrário dos depósitos, pode ser transacionado em mercado.

O objetivo é que com esta compra de dívida o banco reforce os capitais próprios em 500 milhões de euros. O Negócios apurou que o “estado de espírito” em relação à operação, ontem à noite, era “positivo”, mas não se sabe ainda se a operação vai mesmo ter sucesso. Ainda assim, em parte graças a esta plataforma houve mais seis fundos, diz o jornal, que passaram a aceitar a proposta, além da gigante Pimco, o que torna mais provável que a operação possa ser concretizada amanhã, 4 de outubro, e a venda do Novo Banco possa ser concluída ainda este mês.

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