O fundo norte-americano Lone Star colocou parte de Vilamoura à venda. De acordo com o Jornal de Negócios, a alienação de ativos surge depois da compra do empreendimento em março de 2015.

Ao que tudo indica, uma operação deste tamanho nunca vai estar terminada até ao fim de 2017. Entre os vários ativos à venda, destaca-se a marina de Vilamoura, com 825 postos de amarração. A Lone Star está a ser representada pela consultora imobiliária CBRE, com a qual já fez parcerias noutros negócios. Entre os vários interessados – que não quiseram comentar a notícia – está incluído um representado pela Aguirre Newman.

A verdade é que parte da vila algarvia regressa ao mercado dois anos depois de ter sido adquirida pela Lone Star por certo de 200 milhões de euros; um valor abaixo dos 360 milhões que o Catalunya Banc, detido pelo BBVA, pagou pelos mesmos ativos. O Negócios tentou contactar a Vilamoura World, a empresa que gere o empreendimento, e a própria Lone Star, mas nenhuma quis prestar declarações.

Vilamoura tem uma área total de 1.700 hectares. Destes, 700 mil metros quadrados estão destinados à construção. No empreendimento existem, para além de áreas residenciais e de hotelaria, uma marina, um casino, campos de golfe, futebol e ténis. Em setembro de 2015, o então presidente executivo da Vilamoura World, Paul Taylor, anunciou um investimento de mil milhões de euros, com o objetivo de renovar a área circundante da marina e desenvolver 18 projetos imobiliários – com data de conclusão prevista para 2020. Em outubro de 2016, Taylor foi substituído por Juan Goméz-Vega. Atualmente, o projeto está entregue a Dominique Cressot, o que ilustra as grandes mudanças que a Lone Star tem feito no leme do negócio.

A obra com maior destaque das 18 em construção, até pela dimensão, é o Vilamoura Lakes, antes conhecida como Cidade Lacustre e distinguido como Projeto de Potencial Interessa Nacional. De acordo com o Negócios, este projeto não está contemplado na lista dos que a Lone Star quer agora vender. Esta não é a primeira vez que o fundo norte-americano compra em Portugal para depois vender; adquiriu os centros comerciais Dolce Vita de Porto, Douro e Coimbra ao falido Chamartín para depois os ceder ao Deutsche Bank por 200 milhões. Já em 2016, vendeu o edifício do Monumental e uma das Torres de Lisboa aos espanhóis da Merlin, negócio que valeu mais de 100 milhões.

Atualmente, a Lone Star tem feito capas de jornais em Portugal por estar a negociar a aquisição de 75% do Novo Banco, depois de um acordo firmado com o Banco de Portugal.

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