Miwa Sado, jornalista de 31 anos da NHK (estação pública do Japão), morreu em 2013, mas só agora foi divulgada a causa da sua morte: excesso de trabalho. A repórter de política da estação tinha trabalhado 159 horas extraordinárias no mês que antecedeu a sua morte, divulgou agora a NHK, citada pela CNN.

O excesso de horas de trabalho é um problema grave no Japão. Esta não é a primeira vez que vem a público um caso de morte nestas circunstâncias e a língua japonesa até inclui uma palavra para descrever a morte por trabalho excessivo: karoshi.

A morte de Miwa Sado está a fazer a NHK repensar as condições de trabalho dos seus repórteres, e a estação já se veio comprometer a efetuar uma reforma na sua política laboral.

Um estudo do governo do Japão também referido pela CNN concluiu recentemente que um em cada cinco trabalhadores japoneses corre risco de vida por causa do excesso de horas de trabalho.

Em 2015, uma outra japonesa, Matsuri Takahashi, morreu na sequência de excesso de trabalho: tinha trabalhado 105 horas a mais no mês anterior à sua morte e acabou por se suicidar. O presidente da empresa quem Takahashi trabalhava demitiu-se na sequência do suicídio da funcionária.

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