A Polícia da República de Moçambique (PRM) já deteve mais de 10 membros do grupo armado que na quinta-feira atacou três postos de polícia no norte de Moçambique, disse este sábado à Lusa o porta-voz daquela força de segurança. “Já há mais de 10 detidos“, uns apanhados devido aos ferimentos, outros graças a denúncias da população, explicou Inácio Dina.

Um deles disse à polícia que se encontrou casualmente com o grupo, que o convidou a ir à vila de Mocímboa da Praia a troco de 2500 meticais (cerca de 35 euros) e recebeu uma arma, segundo relato da rádio estatal.

Depois de ferido, disse que não conseguiu reencontrar o grupo, numa altura em que a vila se tinha transformado, por cerca de 24 horas, em palco de confrontos erráticos entre o grupo e a polícia.

Além dos 10 detidos, a PRM anunciou na sexta-feira que já tinha abatido outros 14 elementos do grupo que se supõe ter sido composto por 30 elementos que se apresentam como moçambicanos, falam português e línguas locais.

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“São claramente uma espécie de operacionais a quem foi dito que era preciso atacar e desestabilizar”, referiu Inácio Dina à Lusa.

A PRM reforçou com “especialistas”, na sexta-feira, a equipa que conduz interrogatórios no norte do país e que vão tentar obter mais informações dos detidos para chegar ao “essencial” da operação, acrescentou. A polícia já apreendeu um total de quatro metralhadoras AK-47 e cerca de 100 munições.

O último ataque de membros do grupo foi registado na manhã de sexta-feira, sendo que este sábado a vida tem regressado ao normal em Mocímboa da Praia, concluiu.