A decisão tomada pela Arábia Saudita, de permitir que também as mulheres possam conduzir, à semelhança dos homens, teve direito a anúncio na televisão saudita e até a um evento a milhares de quilómetros do reino, mais precisamente em Washington DC.

Embora a medida só deva ser implementada em 2018 e os clérigos sauditas terem revelado as suas preocupações sobre os efeitos perversos que a condução podia ter nos ovários das mulheres e sobre a promiscuidade que poderia resultar do relacionamento das condutoras com os outros condutores, bem como com os polícias, a verdade é que grande parte da sociedade acolheu a boa nova com satisfação. Sobretudo as mulheres, até aqui as grandes reprimidas.

A seguir ao anúncio, vários construtores iniciaram logo a “caça” às suas novas clientes pois, potencialmente, sempre são 9 milhões de mulheres que podem passar para o volante e, quem sabe, até escolher a marca, o modelo e a cor do automóvel que vão conduzir – se isto não for considerado um excesso de liberdade para o regime saudita.

Não admira pois que a Ford, Nissan e Volkswagen tenham saudado a ‘ousadia’ nas redes sociais – e, obviamente, outras marcas se seguirão –, utilizando hashtags como ”#SaudiWomenMove”, “#SaudiWomenCanDrive”, ou pura e simplesmente “Welcome to the driver’s seat”.

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