As autoridades da região autónoma do Curdistão e o Governo central de Bagdad reuniram-se este domingo em Saladin, para debater a situação política, após o referendo sobre a independência realizado a 25 de setembro.

O presidente curdo, Masud Barzani reuniu-se com o presidente do parlamento iraquiano, Salim al-Yaburi, em Saladin, a norte de Erbil, capital do Curdistão, e ambos apelaram “à calma da situação política” e defenderam o “diálogo com uma agenda aberta”, segundo comunicado da presidência do Curdistão.

De acordo com a nota, citada pela agência noticiosa Efe, Barzani e Al Yaburi enfatizaram que, nesta chamada para o diálogo, deve haver “uma ampla participação de todas as partes envolvidas para alcançar uma solução para os demais problemas” entre Erbil e Bagdad.

Na sequência dos resultados do referendo, a favor da independência do Curdistão iraquiano, uma consulta rejeitada por Bagdad como pelos países vizinhos – Irão e Turquia — foram tomadas uma série de medidas para punir a região autónoma por ter celebrado este plebiscito, que qualificaram como “inconstitucional”.

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Numa declaração separada, Al Yaburi indicou que o propósito da reunião foi “parar a deterioração das relações e as sérias consequências” do referendo.

O texto salienta que todas as partes querem “encontrar uma saída e acabar com a crise” entre os dois Governos.

Al Yaburi também enfatizou “a importância da unidade do Iraque e a segurança do seu povo” e ressaltou a importância da “Constituição iraquiana” como garante em todas as crises “.

Esta foi a primeira vez que o presidente do parlamento iraquiano visitou o Curdistão após a consulta de autodeterminação.

O “sim” ganhou o referendo pela independência do Curdistão iraquiano, segundo dados oficiais. Mais de 92% dos eleitores votou pela criação de um Estado independente.