Histórico de atualizações
  • O nosso acompanhamento deste dia na Catalunha fica por aqui. Muito obrigada por ter estado connosco!

  • Expressões polémicas espalhadas pelos jornais

    E numa última ronda pela imprensa espanhola, encontram-se vários editoriais e artigos de opinião recheados de metáforas originais e críticas sérias. Pode ver alguns aqui:

    “Golo fantasma” ou “gatillazo” de Puigdemont? O que dizem os colunistas espanhóis sobre a declaração da independência

  • Em suma, o que resultou da declaração desta tarde?

    Muita incerteza, mais uma vez, e divisões expostas a nu, como ficou explicado neste texto do Observador.

    Declaração de independência “suspensa” expõe as divisões da sociedade catalã

  • O governo catalão divulgou entretanto a sua agenda para o dia de amanhã, quarta-feira. E este arrancará com uma série de entrevistas do porta-voz do executivo, Jordi Turull, que se desdobrará em declarações à Catalunya Ràdio, à TV3, à RAC1 e a Cadena SER.

  • Porta-voz do Juntos pelo Sim terá ameaçado demitir-se

    A tensão que se viveu no parlamento catalão esta tarde foi bem real. De acordo com fontes ouvidas pela agência Efe, a porta-voz parlamentar do Juntos pelo Sim, Marta Rovira, terá mesmo considerado a demissão tendo em conta a situação vivida na reunião com Puigdemont, o seu partido e a CUP.

  • “Persistiremos”, diz o vice-presidente catalão, Oriol Junqueras, como legenda para uma fotografia do parlamento da região.

  • "Chantagem", "tempo morto", "independência em diferido". As manchetes dos jornais espanhóis

    Começam a ser conhecidas as primeiras capas dos jornais de amanhã:

  • Artur Mas: "Este é o tempo da política"

    O antigo presidente catalão, Artur Mas, falou à BBC esta noite. Diz que Puigdemont está a estender a mão a Madrid “como lhe foi pedido por vários poderes internacionais” e que agora “é preciso tempo”:

  • PSOE: "Não sabemos como interpretar ou avaliar o que foi dito por Puigdemont"

    José Luis Ábalos, porta-voz do PSOE, está a falar. “O discurso de Puigdemont basicamente constitui uma deceção”, disse. “Sobre este discurso, havia muitas esperanças por parte dos catalães e das catalãs e dos espanhóis e espanholas.” Sobre o anúncio de Carles Puigdemont, que declarou a independência e depois a suspendeu, o porta-voz do PSOE disse: “Não sabemos como interpretar ou avaliar o que foi dito. Atrás dessa indefinição e essa pouca clareza, esconde-se o verdadeiro propósito do seu discurso e na declração que foi assinada pelo deputados que defendem a secessão da Catalunha”.

    Sobre as negociações que Carles Puigdemont pretende iniciar com Madrid, José Luis Ábalos falou na mesma onda que o Governo de Mariano Rajoy e do Partido Popular: “Não há diálogo se não houver um regresso à legalidade”.

  • Página de associação pró-independência foi suspensa

    Jordi Sánchez, presidente da associação independentista Assembleia Nacional da Catalunha (ANC), queixa-se de ser vítima de censura depois de a página daquela organização ter sido suspensa. “Nova censura web à ANC. A resposta deles à mão estendida do diálogo. Assim fica tudo mais difícil. Continuaremos pacificamente a fazer a democracia forte”, escreveu no Twitter, juntamente com um screenshot do site após a intervenção judicial.

    Jordi Sánchez, juntamente com o líder da Òmnium Cultural, e o chefe da polícia catalã, estão a ser investigados pelo crime de sedição.

  • CUP diz que suspende atividade parlamentar até "serem dados passos até à independência"

    Quim Arrufat, deputado da CUP, acaba de dizer que o seu partido vai deixar de estar presente no parlamento regional, em protesto contra a suspensão da declaração de independência. “Não voltaremos à atividade parlamentar autonómicas até que não sejam dados passos até à independência”, disse há momentos.

    A CUP é um partido fundamental para a governação de Carles Puigdemont, já que é deste partido de extrema-esquerda que depende a maioria independentista no parlamento regional. Entre setembro de 2015 e janeiro de 2016, foi precisamente este partido que impediu a tomada de posse de Artur Mas depois de este ganhar as eleições autonómicas, sem maioria absoluta, com o Juntos Pelo Sim. Só em janeiro de 2016, na data limite, é que Artur Mas recuou e deu o lugar a Carles Puigdemont, nome que foi aceite, e assim desbloquado, pelos votos dos deputados da CUP.

    Agora, a CUP prepara-se para bloquear Carles Puigdemont até que este não leve, de facto, a Catalunha à independência. Ou seja, até à aplicação da lei da transitoriedade aprovada pelo parlamento regional e declarada ilegal pelo Tribunal Constitucional espanhol.

    Até lá, o governo regional da Catalunha pouco ou nada poderá fazer. Sem o apoio dos partidos da oposição unionista (PSC, Ciudadanos e PP da Catalunha) e sem a CUP, é impossível formar uma maioria de 50% e aprovar seja o que for.

    Será este o cenário que precede umas eleições antecipadas na Catalunha?

  • Governo de Espanha: "Ninguém pode pretender, sem voltar à legalidade e à democracia, impôr uma mediação"

    Soraya Sáenz de Santamaría falou em breves instantes, sem dar tempo a perguntas dos jornalistas. Como já é seu hábito, teceu duras críticas a Carles Puigdemont.

    “Depois de ter chegado tão longe e ter levado a Catalunha ao maior nível de tensão da usa história, o senhor Puigdemont levou a região ao seu maior nível de incerteza”, disse a número dois de Mariano Rajoy. Disse ainda que o presidente do governo regional da Catalunha “não sabe onde está, não sabe onde vai, nem sabe sabe com quem quer ir”.

    Sobre a declaração de hoje, Soraya Sáenz de Santamaría voltou a insistir em não reconhecer os últimos passos do processo independentista da Catalunha. “Nem o senhor Puigdemont, nem ninguém, pode tira conclusões nem consequências de uma lei que não existe e de um referendo que não aconteceu e de uma vontade do povo catalão, da qual se querem apropriar”, disse. “Ninguém pode pretender, sem voltar à legalidade e à democracia, impor uma mediação.”

    Estas declarações fazem adivinhar uma reação dura, e em nada conciliatória, da parte do Governo de Mariano Rajoy. Amanhã, pelas 9h00 locais (8h00 de Lisboa), haverá uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros. Às 16h00 locais (15h00 de Lisboa), Mariano Rajoy vai falar ao Congressos dos Deputados, para falar da situação catalã.

  • Vai falar Soraya Sáenz de Santamaría, vice-Presidente do Governo de Espanha e, na prática, número dois de Mariano Rajoy. Vamos acompanhar a conferência de imprensa.

  • Sim, os independentistas assinaram a declaração. Mas...

    … agora tudo o que nela está escrito fica suspenso, tal como declarou Carles Puigdemont, para que comecem as negociações com o Governo de Mariano Rajoy.

  • O que diz a declaração de independência da Catalunha?

    Eis algumas das citações da declaração de independência da Catalunha, que os 72 deputados independentistas acabam de assinar:

    “Constituimos a Rep´blica catalão como um Estado independente e soberano, de direito, democrático e social”;

    “Colocamos em vigor a Lei da Transitoriedade jurídica e fundacional da República”;

    “Iniciamos o processo constituinte, democrático, de base cidadã, transversal, participativo e vinculativo”;

    “Afirmamos a vontade de começar negociações com o estado espanhol, sem condições prévias, co mo fim de fundar um regime de colaboração em benefício das duas partes. As negociações terão de decorrer, obrigatoriamente, em pé de igualdade”;

    “Instamos a comunidade internacional e as autoridades da União Europeia a intervir para parar a violação dos direitos civis e políticos em curso e a dar seguimento ao processo de negociações com o Estado espanhol, do qual será testemunho”.

    O texto completo pode ser lido aqui.

  • Governo convoca Conselho de Ministros extraordinário

    Desde a manhã já se sabia que ia ser assim, havendo uma declaração da independência: o Conselho de Ministro do Governo espanhol vai reunir-se de forma extraordinária amanhã de manhã. A reunião servirá para acertar a resposta à crise na Catalunha. Mariano Rajoy irá discursar no Congressos dos Deputados às 16h00 locais (15h00 de Lisboa).

  • Carles Puigdemont já assinou a declaração de independência

    Entretanto, Carles Puigdemont já assinou a declaração de independência da Catalunha. O documento também já conta com as assinaturas do vice-presidente do governo regional, Oriol Junqueras, e da presidente do parlamento regional, Carme Forcadell.

  • Líder do PSOE reúne-se com Mariano Rajoy

    É uma notícia de última hora: o líder do PSOE, Pedro Sánchez, acaba de sair da sede dos socialistas espanhóis para ir ter com Mariano Rajoy, Presidente de Governo, ao Palácio de Moncloa.

    Recorde-se que amanhã, às 16h00 locais (15h00 de Lisboa), Mariano Rajoy vai falar no Congresso dos Deputados. Este poderá ser um discurso onde Mariano Rajoy poderá ditar os próximos passos por parte de Madrid.

  • Deputados independentistas assinam declaração de independência

    Neste momento, os independentistas com assento no parlamento regional da Catalunha (incluindo os da CUP, a quem o dia não correu de feição) assinam a declaração de independência proferida por Carles Puigdemont. O próprio presidente do governo regional será o último a assinar o texto.

  • Ada Colau agradece a Carles Puigdemont

    A esquerda espanhola, sobretudo oriunda do Podemos, desfaz-se hoje em agradecimentos ao presidente do governo regional da Catalunha. Depois de Pablo Iglesias, também Ada Colau, presidente da câmara de Barcelona eleita por uma lista apoiada pelo Podemos, agradece a Carles Puigdemont pela sua decisão desta terça-feira.

    “Obrigado, Carles, por apostar claramente no diálogo e na mediação. Agora, Mariano Rajoy e o resto das forças políticas têm de se mexer”, escreveu Ada Colau no Twitter.

    Recorde-se que o Podemos foi a favor do referendo de 1 de outubro, mas tem pedido várias vezes a realização de um “referendo pactado” entre a Catalunha e Madrid, tal como aconteceu no Quebec em 1995 ou na Escócia em 2014. Oficialmente, o Podemos não tem uma posição pró ou contra a independência da Catalunha.

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