O primeiro-ministro considerou nesta quarta-feira que as negociações do Orçamento para 2018 com o Bloco, PCP e PEV decorreram de forma “muito construtiva”, assegurando que, “pelo terceiro ano consecutivo”, exista uma política de crescimento e com finanças sãs.

Em declarações aos jornalistas depois de ter discursado na sessão de lançamento do Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050, na Culturgest, o primeiro-ministro recusou-se a pormenorizar matérias em negociação como as políticas fiscal, de aumento de pensões ou de descongelamento de carreiras na administração públicas, contrapondo que, na quinta-feira, o Conselho de Ministros fará a aprovação final da proposta de Orçamento do Estado para 2018.

“Na sexta-feira, o Orçamento será apresentado, altura em que teremos uma resposta completa aos vários temas em matéria orçamental”, alegou. No entanto, de acordo com António Costa, as negociações com os parceiros parlamentares “decorreram de uma forma muito construtiva, como aliás tinha acontecido em 2016 e tem acontecido em 2017, assegurando que o país tenha um terceiro ano consecutivo de uma política orçamental que aposta no crescimento, na criação de emprego, tendo ao mesmo tempo finanças públicas sãs”.

“É extemporâneo comentar medidas parcelares, porque o Orçamento vale como um todo. O Orçamento assegurará certamente a continuidade das boas políticas que tão bons resultados têm estado a dar dos pontos de vista da economia, da criação de emprego e da consolidação das finanças públicas, tendo em vista a redução da dívida”, disse o primeiro-ministro.

Questionado sobre as condições colocadas pelo BE, PCP e “os Verdes” para viabilizarem a proposta orçamental do executivo, o primeiro-ministro contrapôs que “não há exigências”. “Há um programa de Governo, há um conjunto de posições conjuntas e há a necessidade de fazermos aquilo que as empresas e as famílias fazem, que é relativamente aos objetivos que temos como conseguimos ajustá-los aos recursos que podemos dispor”, respondeu.

Assumindo uma perspetiva otimista sobre a evolução do país, António Costa referiu que “o crescimento da economia tem sido robusto, dando uma margem de conforto importante”. “Por outro lado, temos um esforço de consolidação orçamental que temos de prosseguir”, acrescentou, aqui numa nota de moderação de expetativas.

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