A gripe e a vaga de frio terão sido responsáveis por 4.467 óbitos durante a última época gripal (2016/2017), segundo o relatório anual do Programa Nacional de Vigilância da Gripe.

O documento, elaborado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), em colaboração com a Direção-Geral da Saúde (DGS), refere que durante a época de gripe 2016/2017 se terá registado um excesso de 4.467 óbitos em relação ao esperado.

Este excesso de mortalidade “coincidiu com um período epidémico da gripe e com um período em que se registaram temperaturas extremamente baixas, estimando-se que 84% dos excessos sejam atribuíveis à epidemia de gripe sazonal e 16% à vaga de frio”.

O relatório indica que, a nível hospitalar, “foi nos indivíduos adultos, com mais de 64 anos que se detetou uma maior percentagem de casos de gripe”.

Foi também nos doentes mais velhos (com 65 ou mais anos) que se verificou a maior taxa de internamento hospitalar e em unidades de cuidados intensivos”, prossegue o documento, avançando que “a febre, as cefaleias, as mialgias, a tosse e os calafrios foram os sintomas mais frequentemente associados a casos de gripe confirmados laboratorialmente”.

Ao nível dos grupos de risco, “foi nos doentes com obesidade, diabetes e doença respiratória crónica que se observou a maior proporção de casos de gripe confirmada laboratorialmente, seguindo-se dos indivíduos com doença cardiovascular e doença renal crónica”.

Nas mulheres grávidas foi observada uma maior proporção de casos de infeção pelo vírus da gripe quando comparadas com mulheres do mesmo grupo etário não grávidas”, lê-se no relatório.

Os autores lembram que “a vacina como a principal forma de prevenção da gripe é fortemente recomendada para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos, grávidas e profissionais de saúde”.

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