É quase impossível fazer um crédito habitação sem fazer simultaneamente um seguro de vida. Não que tal seja obrigatório por lei, mas os bancos também não são obrigados a emprestar dinheiro sem estarem protegidos contra uma fatalidade que leve a que o cliente deixe de pagar as prestações.

O que nem todas as pessoas sabem é que são livres de escolher a instituição onde querem contratar o seguro de vida. As coisas mudaram em 2009, com a promulgação do Decreto-Lei nº 222/2009. Os bancos deixaram de exigir que o seguro fosse feito na respetiva companhia de seguros e, hoje, devem inclusivamente informar o cliente na fase pré-contratual de que “os interessados têm o direito de optar pela contratação de seguro de vida junto da empresa de seguros da sua preferência”.

A norma aplica-se a contratos novos mas também aos antigos. Logo, qualquer pessoa pode, a qualquer altura, contratar ou transferir o seguro de vida para outra instituição que não aquela onde pediu o crédito habitação.

Está, neste momento, a pensar que fez o seu seguro de vida há meia dúzia de anos, quando contraiu o crédito habitação, e nunca considerou mudar? Então continue a ler.

Qual a vantagem de mudar? Poupar dinheiro. E muito. Se o valor da poupança pode chegar a dezenas de euros por mês, imagine ao fim do ano, e ao longo dos 10, 20, 30 ou 40 anos de vigência do contrato de concessão de crédito. Mas as vantagens da mudança não ficam por aqui. Além de economizar no prémio, mantendo as coberturas exigidas pelo banco, pode mesmo conseguir ampliar o seguro, incluindo a invalidez pessoal, a invalidez definitiva para a profissão ou atividade compatível e, ainda, a proteção da família. Ao incluir esta última cobertura estará a proteger o futuro do seu cônjuge e dos seus filhos. Este aspeto é relevante sobretudo se o seu rendimento é determinante para o seu lar e a qualidade de vida da sua família. Assim, se houver algum infortúnio, além da seguradora indemnizar o banco pelo valor em dívida do seu crédito habitação, ainda lhe dá proteção, a si e à sua família, em caso de invalidez, garantindo o pagamento de um valor extra.

O que será que nos leva a resistir à mudança, quando esta é benéfica? Muitas vezes, a inércia. O pensar que dá muito trabalho. Se calhar, o caso mudaria de figura se soubesse que é possível contratar um seguro de vida totalmente online, sem precisar de sair de casa e no caso de praticar uma vida saudável, ainda pode beneficiar de um desconto até 20%. Se, no seu caso, o facto de não ter ainda mudado tem mais a ver com desconfiança, experimente investir dois ou três minutos a simular quanto pouparia se mudasse de seguro e conclua, por si, que nem sempre tem de haver “gato”.

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