Ao início da manhã, José Carlos Alexandrino, em declarações à Antena 1, anunciou que, durante a madrugada desta quinta-feira, tinham morrido dois dos feridos graves que estavam internados no hospital de Coimbra, elevando o número de vítimas no município para 11 e, no país, para 44.

Apesar de a informação ter tido origem numa fonte oficial, contactada pela Agência Lusa, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) negou que o número de mortos dos incêndios de domingo tivesse aumentado para 44, mantendo o balanço de 42 vítimas mortais, confirmado na quarta-feira. À SIC Notícias, Patrícia Gaspar, adjunta do comando nacional da Proteção Civil, explicou ainda que, através do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), foram contactados todos os hospitais onde estão internados feridos dos incêndios, não existindo registo de novas mortes.

Perante as declarações da ANPC, José Carlos Alexandrino decidiu voltar atrás e desmentir a existência de mais dois mortos no seu concelho. Ao Observador, fonte da câmara explicou que poderá ter havido um engano e que a informação avançada durante a manhã pode, afinal, estar errada.

Câmara de Oliveira de Hospital lamenta ter “passado informação errada”

A Câmara de Oliveira de Hospital lamentou ter “passado informação errada” sobre o número de mortos nos incêndios e pediu desculpas pelo sucedido. Uma fonte da autarquia disse à Agência Lusa que a informação de que duas pessoas feridas nos fogos no concelho tinham morrido lhe “foi comunicada por familiares” das vítimas ao início da manhã.

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A mesma fonte lamentou que a autarquia tenha “passado alguma informação errada”, no contexto da “grande pressão” dos últimos dias e pediu desculpas em nome do presidente da Câmara, José Carlos Alexandrino, que fez a divulgação da informação a vários órgãos de comunicação social.

Além de 42 mortos, os dados mais recentes falam ainda em cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves, o que significa que o número de mortos pode ainda vir a aumentar. Na quarta-feira Patrícia Gaspar, revelou que já não há pessoas desaparecidas. A 41ª morte registada corresponde à mulher que estava desaparecida e que foi encontrada, já sem vida, em Pampilhosa, em Coimbra. O corpo foi descoberto dentro de casa esta terça-feira.

José Tereso, presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, referiu à Antena 1 que também há muitas pessoas a precisar de ajuda no terreno, uma situação delicada a pedir um reforço urgente de meios.

Artigo atualizado às 14h47 com pedido de desculpas da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital