Depois de João Correia, líder do grupo de advogados que tem trabalhado com o Benfica no denominado “caso dos emails”, Luís Bernardo, diretor de comunicação dos encarnados, voltou a abordar o assunto no dia seguinte às buscas da PJ no estádio da Luz (além das residências do presidente, Luís Filipe Vieira, do assessor jurídico, Paulo Gonçalves ou do antigo diretor da BTV, Pedro Guerra) e utilizou mesmo a expressão “crime organizado”.

Buscas no Benfica levam à constituição de arguido de braço direito de Luís Filipe Vieira

“Quem nos acusa tem um passado ligado a processos, como a acusação do director geral do FC Porto, Luís Gonçalves, ao árbitro Hugo Miguel, a quem disse que a sua carreira ia ser curta e inclusivamente desceu de divisão. Ou a ameaça do presidente do FC Porto ao árbitro Rui Costa, a quem disse que lhe ia tratar da saúde. Ou as ameaças no centro de treino dos árbitros. Custa-nos a entender como nada se sabe destes processos, sobre isso e sobre a investigação que decorrer e que visa verificar de que forma foi violada a correspondência informática do Benfica e como o FC Porto teve acesso à informação”, referiu o responsável das águias numa pequena entrevista à rádio Renascença, antes de pedir celeridade na resolução do caso.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Nada se sabe e, ainda ontem o dr. João Correia pediu celeridade nessa investigação. Não escondo que é um domínio novo para o Benfica, ao contrário do que acontece noutro clube. Estamos certos que, se a justiça for célere, este assunto será rapidamente esclarecido. O Benfica não estava preparado para lidar com o crime organizado”, disse.

O mail para Francisco J. Marques e a conta encriptada: como chegou a informação ao FC Porto

“Há um ambiente de condicionamento e pressão sobre as equipas de arbitragem e esse foi um dos principais objetivos desta campanha. Em relação ao rendimento da equipa do Benfica, temos um grupo muito profissional e organizado. Uma equipa que tem conseguido grandes resultados e que ganhou 12 dos últimos 16 títulos. Há sim, uma pressão acrescida no julgamento dos árbitros no momento do jogo”, concluiu Luís Bernardo.