A Altice manifestou esta sexta-feira “estranheza” pelo comportamento da NOS para com os reguladores. Em reação a um comunicado feito pela empresa liderada por Miguel Almeida, o grupo francês que é dono da PT que quer comprar a Media Capital diz que a NOS “tudo tentou para condicionar a decisão do regulador quanto ao negócio”.

O grupo francês volta a acusar um concorrente de pressão, que diz ser inadmissível num mercado maduro. “Num ato de total desrespeito por quem emite uma opinião fundado daquilo que é a sua crença na legalidade processual, a NOS vem tecer afirmações sobre a decisão da ERC (Entidade Reguladora dos Serviços da Comunicação) que mostram bem que quem está habituado a controlar os mercados em que atua e não aceita a livre concorrência como regra do jogo”.

A direção da ERC não conseguiu esta semana reunir o consenso dos três membros para aprovar um parecer sobre a compra da Media Capital pela PT, depois de o presidente Carlos Magno ter votado contra a proposta de parecer que era desfavorável à operação.

Esta reação à reação foi divulgada ainda antes de serem conhecidas as palavras de Paulo Azevedo, presidente da Sonae, que é acionista da NOS, e que levou para outro patamar a escalada de argumentos e ataques entre as operadoras por causa da compra da dona da TVI

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A dona da MEO/PT acusa a concorrente de se refugiar em ataques de falta de respeito por reguladores de outros firmes, talvez por não ter conseguido fazer uma parceria com um grupo de media. Para Altice, quem demonstra “um total desrespeito pelas decisões dos reguladores e as critica quando lhe não são favoráveis é que coloca em perigo a democracia e o livre acesso dos consumidores ao mercado” .