O Governo da Guiné-Bissau abriu um inquérito aos incidentes registados no mercado do Bandim, principal centro comercial de Bissau, disse esta sexta-feira o porta-voz do Executivo guineense, Fernando Vaz.

“Temos de fazer um levantamento de tudo o que se passou e há que apurar a veracidade dos factos”, afirmou, em conferência de imprensa, o também ministro do Turismo.

O Governo decidiu quarta-feira pedir ao ministro da Administração Territorial para abrir um processo de inquérito e submeter ao Conselho de Ministros um relatório para ser analisado na reunião da próxima semana, explicou Fernando Vaz.

Na segunda-feira à noite, a zona do mercado do Bandim, principal centro comercial de Bissau, foi palco de confrontos entre comerciantes e Polícia Municipal, depois de as autoridades terem decidido desbloquear o espaço.

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O novo presidente da Câmara de Bissau, Baltazar Cardoso, decidiu acabar com a venda de mercadorias nos passeios em frente ao mercado e nas bermas da Avenida dos Combatentes da Liberdade da Pátria, uma das principais da cidade e que liga o aeroporto ao centro da capital guineense.

Em declarações esta sexta-feira à imprensa guineense, o presidente da Associação de Retalhistas dos Mercados da Guiné-Bissau, Aliu Seidi, acusou a Polícia Municipal de ter roubado mercadorias durante a operação de despejo, tendo qualificado a operação como um assalto.

Fonte da autarquia, citada pela imprensa guineense, disse que os comerciantes foram avisados há 10 dias para abandonarem o portão principal do Mercado do Bandim e que não cumpriram a ordem, negando qualquer roubo de mercadorias.

A Polícia Municipal é um grupo de 50 pessoas recrutadas pela Câmara Municipal de Bissau para por ordem nas zonas dos mercados e cidade.

O primeiro-ministro guineense, Umaro Sissoco Embaló, visitou quarta-feira ao final da manhã uma visita ao mercado para ouvir os comerciantes.