O Presidente norte-americano, Donald Trump, autorizou a publicação documentos classificados sobre o assassínio de John F. Kennedy, mantidos em segredo durante décadas. “Sob reserva de receber novas informações, vou autorizar, como Presidente, que os ‘Dossiês JFK’ há muito bloqueados e classificados como secretos sejam abertos”, escreveu Trump na rede social Twitter.

Cinco milhões de documentos sobre o assassínio de Kennedy, provenientes sobretudo dos serviços de informações, da polícia e do Ministério da Justiça norte-americano, têm sido mantidos em Washington nos Arquivos Nacionais. A grande maioria destes ficheiros já foi revelada ao público.

Na quinta-feira, 3.100 documentos que nunca foram divulgados podem finalmente ser publicados, segundo os media norte-americanos, bem como a versão completa de milhares de documentos que tinham sido divulgados mas só parcialmente.

A morte de Kennedy, a 22 de novembro de 1963, em Dallas, no Texas, alimenta desde há décadas teorias de conspiração, com alguns a duvidarem que Lee Harvey Oswald, o autor dos disparos, seja o único responsável. As teorias ganharam novo fôlego com o filme JFK, realizado por Oliver Stone, em 1991. Uma lei assinada em 1992, impunha a divulgação de todo os documentos, mantendo, no entanto, em sigilo uma parte até à data limite de 26 de outubro de 2017.

O Presidente norte-americano pode ainda decidir manter alguns secretos, por razões de segurança, uma opção que Donald Trump não descarta na mensagem que hoje divulgou. Citando membros da administração, o jornal Politico avançava na sexta-feira que Trump estava a ser pressionado, nomeadamente pela CIA, para impedir a divulgação de alguns documentos, como os que remontam aos anos de 1990 e que podem expor agentes e informadores da CIA e do FBI ainda em atividade.

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