O cantor russo Zelimkhan Bakaev terá sido preso, torturado e morto em setembro num campo de concentração na República da Chechénia — um território que pertence à Federação Russa e que é conhecido por perseguir homossexuais. O caso está a correr os media um pouco por todo o mundo, mas a denúncia foi feita por ativistas e organizações de defesa da comunidade LGBT — Lésbicas Gays Bisexuais e Transexuais.

Bakaev, de 26 anos, foi visto pela última vez a 8 de agosto, em Grozny (a capital da Chechénia), quando se dirigia para aquela região russa como convidado do casamento da sua irmã. Segundo ativistas LGBT russos, o cantor pode ter sido levado para um dos campos de concentração que, alegadamente, estarão a funcionar em segredo naquele país.

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A família não conseguiu obter respostas das autoridades, mas um mês depois do desaparecimento, os media russos alegam que Bakaev está na Alemanha. Isto porque este aparecerá supostamente em vários vídeos onde assume gostar muito de estar na Alemanha. O vídeo foi, no entanto, apontado como falso porque o quarto onde foi gravado tinha vários símbolos típicos russos, tal como também aparecia uma bebida energética que não é vendida na Alemanha, como refere a rádio Free Europe.

As autoridades da Chechénia negam, ainda assim, ter qualquer conhecimento do paradeiro de Bakaev e insistem na teoria de que o cantor simplesmente abandonou o país.

Segundo o El Español, Bakaev pode ter sido uma das mais de 100 vítimas da repressão anti-homossexual na Chechénia, acusam alguns ativistas internacionais dos direitos humanos.

Zelimkhan Bakaev era conhecido por ser um cantor russo ainda em ascensão. O jovem de 26 anos já tinha lançado, inclusivamente, alguns singles no mercado discográfico russo. Antes disso, o jovem cantor tornou-se conhecido por ter participado num concurso de talentos russo.