Era o favorito e venceu mesmo: Ronaldo foi eleito o melhor futebolista do mundo na gala anual da FIFA. O português ergueu o troféu “The Best” — distinção da FIFA para o melhor jogador da época 2016/17 –, igualando Messi (também ele candidato ao prémio; o outro era Neymar) com cinco distinções, sendo a segunda vez consecutiva que vence.

No discurso de agradecimento, Ronaldo começou por agradecer a quem com ele joga, relembrando depois, lacónico, a razão pela qual recebeu o prémio pela quinta vez: “Quero agradecer aos meus companheiros, à minha equipa, o Real Madrid, aos meus companheiros de seleção também. Foi um ano extraordinário. Há 11 anos que estou aqui no palco… Talento, trabalho duro, muita dedicação. Obviamente era algo que ambicionava: troféus coletivos e individuais.”

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Por fim, Ronaldo pessoalizou mais o discurso e lembrou a família — pela primeira vez falaria também do filho que terá com Georgina Rodríguez e que nascerá “daqui a por um mês”. “A minha família está aqui em peso: o troféu é vosso! Irmãs, namorada, filho… e à mãe — se não levo em casa. [Risos] Os meus dois filhos que estão em casa, a Eva e o Matteo. Vou ser pai daqui a um mês… Obrigado a todos!”, disse Ronaldo, em português, no discurso que fez em Londres.

A primeira vez que ambos, Ronaldo e Messi, foram nomeados para este prémio (ainda o mesmo era atribuído somente pela revista France Football; agora a FIFA “separou-se” da revista e atribui um prémio ela mesma) foi em 2007. Curiosamente, esse prémio foi ganho pelo brasileiro Kaká — Ronaldo foi terceiro e Messi segundo na votação. Nas épocas que se seguiram mais ninguém se intrometeu entre os dois “extraterrestres” do futebol.

Mas tempos houve em que argentino venceu bem mais — e mais seguidamente. Ronaldo começou por triunfar em 2008. Messi ganhou o galardão quatro vezes consecutivas, de 2009 até 2012. Muitos acreditavam que Ronaldo nunca igualaria a façanha do argentino, que era impossível fazê-lo. Mas o português venceu em 2013 e 2014. E aproximou-se do jogador do Barcelona, voltando este a distanciar-se, depois de voltar a vencer em 2015. Ronaldo ganhou o prémio de melhor jogador do mundo em 2016 e é o favorito a ganhá-lo em 2017 também. Impossível? Não para ele.

Mas porque é que Ronaldo superou Messi? Mesmo sendo o prémio individual, o peso que as conquistas pelos respetivos clubes tem é sempre determinante na atribuição.

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Ronaldo venceu a La Liga, a Liga dos Campeões, a Supertaça Europeia e o Mundial de Clubes na última época. Messi, por exemplo, venceu “apenas” a Taça do Rei e a Supertaça espanhola. Quanto ao que individualmente um e outro fizeram, estamos na presença de dois futebolistas que pulverizam estatísticas. Ronaldo foi o melhor goleador da Champions com 12 golos. Ao todo, e somando todas as provas ao longo da época, fez 42 golos em 46 jogos. Curiosamente, esta até foi a segunda pior época de Ronaldo (quanto a golos, claro) em Madrid — só na primeira (2008/09; 33 golos em 35 jogos) fez menos, mas tinha a “desculpa” de ser à época mais extremo do que avançado. Quanto a Messi, fez na última época 52 jogos… e 54 golos. Foi o melhor goleador da Europa, vencendo a Bota de Ouro.

Entretanto, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já deu os parabéns a Ronaldo. “O Presidente da República saúda Cristiano Ronaldo pela eleição como melhor jogador do ano 2017, esta noite, em Londres, na Gala da FIFA”, lê-se numa mensagem publicada no site da Presidência da República.

Mas a gala da FIFA não elegeu apenas o melhor futebolista do mundo, atribuindo também oito outras distinções:

MELHOR JOGADORA
Lieke Martens (Holanda/Rosengård/Barcelona)

MELHOR TREINADOR FUTEBOL MASCULINO
Zinédine Zidane (França/Real Madrid)

MELHOR TREINADOR FUTEBOL FEMININO
Sarina Wiegman (Holanda/Seleção holandesa)

MELHOR GUARDA-REDES
Gianluigi Buffon (Itália/Juventus)

PRÉMIO PUSKÁS
Olivier Giroud (França/Arsenal)

PRÉMIO MELHORES ADEPTOS
Celtic

PRÉMIO FAIR PLAY
Francis Koné (Togo/Zbrojovka Brno)

ONZE DO ANO
Buffon; Dani Alves, Sergio Ramos, Bonucci e Marcelo; Kroos, Modrić e Iniesta; Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar