Os desafios que amiúde surgem no Facebook são, no mínimo, disparatados — e cada vez mais perigosos para os “competidores”: desde tentar debulhar uma maçaroca de milho (presa num berbequim a rodar) com os dentes a engolir uma colher de canela de enfiada, passando por colocar um preservativo na cabeça (e rebentá-lo apenas exalando pelo nariz) ou, sendo este o mais perigo de todos, a “Baleia Azul” — tendo resultado o desafio no suicídio de muitos adolescentes um pouco por todo o mundo.

Agora, o desafio “da moda” da rede social não é mortal mas preocupante para pais, familiares e amigos de quem o aceita. Este desafio, o “48 horas”, consiste precisamente em desaparecer de casa durante este período, desligando o telemóvel e perdendo o contacto com quem for próximo. Quanto mais alertas de desaparecimento o “jogador” tiver no Facebook durante este período mais pontos receberá no final.

É certo que o jogo poderá até não ser mortal ou tão perigoso quanto outros mas, em última análise, este “falso alarme” resulta em desnecessárias denúncias e buscas policiais, dispersando as autoridades de casos verdadeiros de pessoas desaparecidas, perdidas ou sequestradas.

Entretanto, o Facebook já reagiu em comunicado ao desafio “48 horas” e pede aos utilizadores que “denunciem” toda e qualquer página na rede social que faça a apologia do mesmo, garantido que “está a investigar e tomará medidas”. E acrescenta: “A segurança dos utilizadores jovens do Facebook é uma responsabilidade que levamos muito a sério. Esperamos reunir os links relevantes para investigar e garantir que possamos tomar medidas rápidas se for necessário”.

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