O levantamento provisório dos danos provocados pelos incêndios de 15 de outubro aponta para perto de 350 empresas afetadas e um total de danos no setor económico de cerca de 360 milhões de euros, informou esta quarta-feira o Governo.

“Os números que temos apontam para perto de 350 empresas que sofreram danos, algumas delas totalmente, outras parcialmente”, disse o secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson de Souza, que falava aos jornalistas, após uma reunião de trabalho na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, em Coimbra.

Segundo o membro do executivo, o total de prejuízos provocados pelos incêndios de 15 de outubro “anda à volta de 360 milhões de euros”, sendo que o impacto no tecido económico tem uma “incidência muito forte na região Centro”.

A sessão em Coimbra contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, da presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, do ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, do ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, e do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.

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As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15 de outubro, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.