Desde 2015 que não havia tão poucos polícias efetivos em Portugal. Segundo o Balanço Social da PSP, publicado esta quinta-feira e consultado pelo Diário de Notícias, o efetivo policial é, atualmente, de 2.0641, apresentando um saldo negativo de 381 polícias. Desde 2010, a PSP perdeu mais de 900 polícias.

Em 2016, saíram da PSP 834 agentes e entraram apenas 453, número insuficiente para preencher os lugares vagos. A maioria deixou a força policial porque se reformou (os dados falam em 387 pré-aposentações e em 68 aposentações), mas houve outros motivos: o balanço refere 17 mortes, 291 comissões de serviço (polícias municipais) e outras 57 “situações”, onde se incluem, por exemplo, as licenças sem vencimento.

De acordo com o Diário de Notícias, a PSP espera um agravamento desta situação no decorrer do próximo ano. Até ao final de 2017, deverão reformar-se, pelo menos, 400 polícias. Tendo em conta o saldo negativo que já vem de 2016, os 300 novos agentes que entraram este ano não serão de todo suficientes. Além disso, como refere o jornal, o curso para a admissão de 400 novos agentes, autorizado pelo Governo em setembro, ainda não teve início. Uma vez que tem uma duração de dez meses, isto significa que os novos polícias só poderão entrar ao serviço no final de 2018, na melhor das hipóteses.

O Balanço Social da PSP consultado pelo Diário de Notícias refere ainda que, apesar do saldo negativo, há 829 agentes policiais em missões no exterior, destacados para polícias municipais e em comissões de serviço noutras entidades do Estado. O número é muito superior ao de 2015 (609).

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