O presidente destituído do governo catalão, Carles Puigdemont, viajou para Bruxelas, capital belga, revelaram esta segunda-feira fontes oficiais do Governo espanhol.

A informação, avançada pelas agências noticiosas Efe e Associated Press, foi confirmada uma hora depois de o procurador-geral, José Manuel Maza, ter anunciado a acusação contra os principais membros do governo catalão por rebelião, sedição e fraude e contra a presidente do Parlamento regional e os membros da mesa que processaram a declaração de independência.

Segundo o jornal espanhol La Vanguardia, além de Puigdemont, encontram-se também na Bélgica “outros membros do Governo destituído”.

O jornal catalão El Periódico noticia que Puigdemont e cinco ex-membros do já cessado governo catalão estão em Bruxelas para se reunir com independentistas flamengos do partido nacionalista N-VA. A deslocação de Puigdemont, de acordo com o mesmo jornal, foi organizada por Amadeu Altajaf, agora ex-delegado da Generalitat – governo catalão.

Com Puigdemont estarão a ex-conselheira Meritxell Borràs; Toni Comín, ex-ministro da Saúde; Dolors Bassa, ex-ministra do Trabalho e Assuntos Sociais; Joaquim Form, ex-ministro do Interior; e um outro quinto membro.

O secretário de Estado para o Asilo e Migração, Theo Francken, do N-VA, disse no domingo, dia 29, que Puigdemont poderia solicitar asílio político na Bélgica. Contudo, o primeiro-ministro belga demarcou-se das declarações de Francken.

De acordo com o El Periódico, fontes do Ministro do Interior espanhol asseguram que não estão “preocupados” com a viagem de Puigdemont a Bruxelas. O coordenador-geral do PP, Fernando Martínez-Maillo, considera a visita do ex-presidente do governo catalão “uma mostra do mais absoluto desespero”, dizendo ainda que “Puigdemont tem liberdade de movimentos para ir a Bruxelas… e voltar”.

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