As obras da Base Logística de Pemba (BLP), no norte de Moçambique, vão ser retomadas em novembro de forma a acompanharem a dinâmica dos projetos de hidrocarbonetos na região, disse esta terça-feira o presidente da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH).

Omar Mithá justificou, à emissora pública Rádio Moçambique, que a base será importante para as operações que serão desenvolvidas pelas empresas envolvidas nos projetos de gás na bacia do Rovuma.

O presidente da ENH afirmou que a BLP vai manter os direitos especiais que tem na bacia do Rovuma, incluindo a exclusividade sobre uma extensa área onde se irá situar a infraestrutura.

O projeto da BLP foi formalmente lançado em outubro de 2014, tendo sido mobilizado material para a sua construção, interrompida no meio de dúvidas sobre a sua utilização pelas companhias envolvidas nos projetos de gás natural.

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Os consórcios liderados pela italiana ENI e pela norte-americana Anadarko já manifestaram a intenção de usar infraestruturas que vão construir no distrito de Palma, a cerca de 400 quilómetros de Pemba, para as suas operações de exploração de gás natural, ensombrando a viabilidade da BLP.

O projeto da BLP foi concessionado pelo Governo moçambicano à empresa Portos de Cabo Delgado (PCD), detida pelas estatais Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e ENH.

Por sua vez, a PCD subconcessionou o empreendimento ao consórcio ENHILS SA, formada pela ENH, com 51% do capital, e pela nigeriana Orlean Invest, com 49%.