O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já foi ao Hospital de São Francisco Xavier para obter mais informações sobre o surto de Legionella que infetou já 19 pessoas e que foi divulgado na noite de sexta-feira, pela Direção Geral da Saúde através de comunicado.

“Depois de contactar o ministro da Saúde, o Presidente da República deslocou-se esta noite ao Hospital de S. Francisco Xavier para se informar sobre os casos de legionella surgidos nos últimos dias”, lê-se numa nota publicada no site da Presidência.

O chefe de Estado foi recebido no local “pela diretora-geral de Saúde e pelos principais dirigentes daquele estabelecimento hospitalar” e “foi exposto ao Presidente da República todo o trabalho desenvolvido no acompanhamento dos pacientes, a dedicação e competência dos profissionais envolvidos para enfrentar os referidos casos”.

Desde o dia 31 de outubro e até ao momento, foram diagnosticados no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) – Hospital de São Francisco Xavier, e já confirmados laboratorialmente, 18 casos de Doença dos Legionários, aos quais se soma um outro caso “com ligação epidemiológica” ao Hospital de São Francisco Xavier e cujo doente está a ser tratado, por vontade própria, numa unidade de saúde privada, de acordo com os dados da Direção Geral da Saúde.

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Sobe para 19 número de casos de Legionella com ligação ao Hospital S. Francisco Xavier em Lisboa

Dos 19 casos confirmados pela DGS em comunicado esta noite, dois têm 90 ou mais anos, 12 têm 70 anos ou mais anos, quatro têm entre 50 e 69 anos e há ainda o funcionário do hospital, com 44 anos. Dos 19, oito são do sexo masculino e 11 têm duas ou mais co-morbilidades e três estão em Unidade de Cuidados Intensivos.

Os resultados das análises efetuadas pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) revelaram a presença de Legionella nos circuitos de água do Hospital de São Francisco Xavier. E conferência de imprensa naquele hospital de Lisboa, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, confirmou que esse pode ser “um dos focos” do surto.

A rede de água do São Francisco Xavier vai, assim, ser submetida a um choque térmico – a altas temperaturas – ou um choque químico – com injeções de cloro – para matar as bactérias.