A Câmara de Lisboa vai colocar 900 grades e 100 caixotes do lixo no Parque das Nações, onde decorre a conferência global de tecnologia Web Summit entre segunda-feira e quinta-feira, e no Beato, que acolhe uma iniciativa paralela.

De acordo com informações enviadas pela autarquia à agência Lusa sobre a logística para a cimeira tecnológica, os caixotes do lixo têm capacidade para 340 litros.

O município fala ainda em 411 plantas de ornamentação de diferentes tamanhos para o Parque das Nações e noutras 80 unidades para o Hub Criativo do Beato, no antigo edifício da manutenção militar.

Nos dias da Web Summit — segunda-feira a quinta-feira — o Hub Criativo do Beato “estará aberto ao público com múltiplas iniciativas”, como conferências (sobre assuntos como sustentabilidade ambiental), exposições e ‘workshops’, informa a Câmara de Lisboa.

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A iniciativa (promovida pelo município em parceria com a incubadora de empresas Startup Lisboa e com a entidade que gere a estratégia de empreendedorismo a nível nacional, a Startup Portugal) contará também com arte urbana, música, espaços para convívio e comida de rua.

As entradas são livres e gratuitas, mas alguns eventos, “exigem o registo prévio e estão limitadas à capacidade do espaço”, aponta a Câmara de Lisboa.

Em meados de 2016, o Estado transferiu para a Câmara de Lisboa a gestão, por 50 anos, de um conjunto de 20 edifícios na ala sul da Manutenção Militar, antiga fábrica do Exército localizada junto ao rio, com uma área de cerca de 35 mil metros quadrados.

A cedência custou 7,1 milhões de euros ao município como contrapartida.

Na informação enviada à Lusa, a autarquia frisa que o evento no Beato paralelo à Web Summit é “uma oportunidade de usufruir e conhecer melhor o novo ‘hub’ criativo da cidade, um espaço em mudança, central na transformação da zona ribeirinha oriental de cidade”.

Além deste evento, a Câmara de Lisboa vai realizar nos Paços do Concelho, a partir das 19:00 de terça-feira, um evento destinado a promover a diáspora portuguesa, nomeadamente os vinhos e a gastronomia.

Ali marcarão presença “os principais atores e projetos do ecossistema empresarial”, desde logo empresários portugueses espalhados pelo mundo.

A autarquia vai ainda aproveitar estes dias para promover a arte urbana da cidade com uma peça criada pelo artista Bordalo II e instalada junto à estação de comboios do Cais do Sodré, que tem a palavra “LISBOA” feita com materiais reciclados como caixotes do lixo.

A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, mudou-se para Lisboa por três anos, com possibilidade de mais dois.

Para 2017, esperam-se cerca de 65 mil pessoas, depois de no ano passado o evento ter registado 53 mil visitantes de 166 países.