Cabo Verde registou 425 casos de paludismo, também conhecido como malária, desde o início do ano, 137 dos quais em outubro, que se tornou no pior mês em número de infeções, segundo os dados oficiais mais recentes.

De acordo com o mais recente relatório epidemiológico do Serviço de Vigilância Integrada de Resposta a Epidemias, até 5 de novembro tinham sido registados em Cabo Verde 425 casos de paludismo, 407 contraídos localmente e 18 importados, dois dos quais resultaram em morte.

Só no mês de outubro foram registados 137 casos, mais do que os 132 de setembro, que era até então o pior mês do ano em número de infeções.

Os dados revelam que o número de casos de paludismo mais do que duplicou entre a primeira (35 casos) e a segunda quinzena (95 casos).

Na semana de 29 de outubro a 5 de novembro, foram registados nove casos de paludismo, comparativamente com os 54 diagnosticados na semana anterior.

O número de casos de paludismo em Cabo Verde tem vindo a aumentar desde junho – 44 em julho, 83 em agosto, 132 em setembro e 137 em outubro -, apesar das medidas de desinfestação das casas e limpeza dos bairros promovidas pelas autoridades.

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A maioria dos casos foi detetada na cidade da Praia, sendo que os doentes são na sua maioria homens com mais de 20 anos.

Os bairros da Várzea (64), Achada de Santo António (33) e Achadinha (29), na cidade da Praia, são os que mais casos têm registado, estando a doença a ser tratada como uma epidemia na capital do país.

Cabo Verde regista em 2017 o maior número de casos de paludismo em quase 30 anos.