O número de casos diagnosticados de pessoas infetadas com ‘legionella’, no hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para 30, informaram na segunda-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA).

Num comunicado conjunto enviado na segunda-feira à noite, DGS e INSA indicaram que até às 20:00 de segunda-feira “foram diagnosticados 30 casos de Doença dos Legionários com possível ligação epidemiológica ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) — Hospital de São Francisco Xavier”, mais um caso do que o anterior balanço.

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Destes 30, dois morreram, também na segunda-feira, um teve alta e os restantes encontram-se internados. “Os doentes são, na sua maioria, idosos com fatores de risco associados, nomeadamente doenças crónicas graves e hábitos tabágicos”, indica o comunicado assinado pela diretora da DGS, Graça Freitas, e pelo presidente do INSA, Ricardo Jorge.

As duas entidades informam que “está em curso a investigação epidemiológica nas vertentes da vigilância da saúde humana e ambiental, a fim de apurar as circunstâncias que originaram o surto”, tendo sido realizadas vistorias técnicas aos equipamentos e às estruturas “potencialmente associados a fontes de transmissão”, trabalhos que vão “manter-se durante os próximos dias”.

O comunicado refere ainda que está a ser preparado um relatório conjunto da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, DGS e INSA “para esclarecimento da cadeia de acontecimentos que conduziram ao surto”.

No entanto, os procedimentos vão demorar “pelo menos, duas semanas”, tendo em conta a necessidade de realizar “o exame cultural das amostras (ambientais e humanas) e a subsequente avaliação genómica” para apurar a ligação “entre a componente ambiental e a saúde humana”

“A Direção-Geral da Saúde sublinha que a doença se transmite através da inalação de aerossóis contaminados com a bactéria e não através da ingestão de água. A infeção, apesar de poder ser grave, tem tratamento efetivo. As medidas de segurança adotadas preveem-se suficientes para interrupção da transmissão e controlo do surto, e vão continuar a ser monitorizadas”, conclui o comunicado.

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