O vice-presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho disse esta quarta-feira que os níveis de armazenamento de água nas albufeiras do Alto Minho “são preocupantes, mas não dramáticos” e garantiu reforço da sensibilização para a poupança de água.

“A situação das nossas albufeiras não é dramática mas é preocupante. Nas albufeiras do rio Minho a capacidade de armazenamento ronda 40%. No rio Lima, a situação é mais dramática porque a barragem do Alto Lindoso está a cerca de 30% da sua capacidade. Estamos a acompanhar a situação em permanência”, afirmou à Lusa Jorge Mendes.

O vice-presidente da CIM do Alto Minho, que é também presidente da Câmara de Valença, adiantou que a situação vai ser abordada numa reunião daquela estrutura, que agrega os dez concelhos do distrito de Viana do Castelo, marcada próximo dia 21.

“Vamos abordar o assunto de uma forma mais integrada, com todos os municípios, e decidir novas medidas que sejam necessárias tomar”, explicou Jorge Mendes.

O encontro vai decorrer na sede da CIM do Alto Minho, em Ponte de Lima, às 15h00.

O responsável adiantou que “os municípios já reforçaram as campanhas de sensibilização para poupança de água, sobretudo de uso doméstico” e face “às previsões [que} apontam para a ausência de chuva, pelo menos, nos próximos 15 dias”.

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“A agricultura não tem sido muito afetada. Os dias já são mais frescos e húmidos, mas há culturas de inverno que tiveram que ser adiadas. A indústria instalada na região não é muito consumidora de água e faz reciclagem de água. O consumo doméstico é o que nos preocupa mais”, disse.

Segundo Jorge Mendes, “em alguns concelhos da região, como Melgaço e Monção, as campanhas de sensibilização para a poupança de água começaram em agosto, porque em algumas freguesias, sobretudo de montanha, com os autotanques dos bombeiros asseguram abastecimento dos reservatórios de água”.

“Em algumas aldeias, os mais idosos garantem que é a primeira vez em décadas que falta água”, frisou, adiantando que “as autarquias já estão a poupar o máximo que podem, reduzindo para o mínimo a rega dos jardins dos espaços públicos”.