A capital indiana Nova Deli, norte da Índia, continuou envolta pelo terceiro dia consecutivo por um manto de poluição que representa um perigo para a saúde pública, obrigando as autoridades locais a adotarem mais medidas de prevenção.

Após o encerramento obrigatório de todas as escolas da capital indiana até ao final da semana, anunciado na quarta-feira, as autoridades locais decidiram estabelecer a circulação alternada de carros naquela cidade, medida a aplicar entre 13 e 17 de novembro.

É a terceira vez que esta medida é colocada em prática, após duas tentativas experimentais que tiveram um impacto limitado em 2016.

“A situação em Deli é terrível e se a poluição pode ser reduzida de alguma forma, nós iremos atuar”, declarou o ministro dos Transportes da região de Deli, Kailash Gahlot.

A entrada de veículos pesados dentro da cidade também está proibida durante esta semana.

Para tentar atenuar os efeitos nocivos dos elevados índices de poluição atmosférica registados nos últimos dias, equipas de voluntários começaram igualmente a percorrer as ruas da capital indiana para distribuir máscaras para proteger a zona da boca e nariz.

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Mas, nem todos os transeuntes são recetivos, como relatam as agências internacionais, com muitas pessoas a rejeitarem as máscaras ou a ignorarem os avisos dos voluntários.

Com uma população de cerca de 20 milhões de habitantes, Nova Deli, já comparada a uma “câmara de gás”, foi considerada, nos últimos dois anos, uma das cidades mais poluídas do mundo.

O índice de qualidade do ar divulgado nos últimos dias pelas autoridades atingiu níveis sete vezes superiores aos valores que a Organização Mundial de Saúde considera como prejudiciais.

Com a aproximação do inverno, é comum que zonas do norte da Índia fiquem cobertas por uma espessa mistura de fumo e nevoeiro, causada por pó, queima de plantações, emissões de fábricas e queima de carvão e de pilhas de lixo, uma forma de a população mais pobre se aquecer.