Héctor Herrera e Diego Reyes, internacionais mexicanos que atuam no FC Porto, foram os dois últimos nomes citados no mediático caso dos Paradise Papers, de acordo com a investigação feita por um Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação após uma fuga de informação do Süddeutsche Zeitung do qual faz parte o Expresso.

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Segundo o trabalho, os dois jogadores terão aberto uma estrutura com duas empresas em Malta (uma que servia somente para ser acionista da outra) para onde conduziam os pagamentos referentes a direitos de imagem, taxados a 5% naquele que é o mais baixo regime fiscal da Europa, apesar de se terem tornado residentes fiscais em Portugal a partir de 2014.

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Diego Reyes, central agora convertido em médio defensivo que assinou pelo FC Porto em 2013 vindo do América (esteve emprestado nas últimas duas temporadas à Real Sociedad e ao Espanyol), terá aberto em junho de 2014 a Nemo Limited e a Pelon Investments Limited, que explora “direitos de propriedade intelectual de qualquer tipo, em particular de direitos associados a profissionais de desporto”. Até 2015, a empresa faturou 466 mil euros.

Como refere o Expresso, “a Pelon Investments pagou 35% de taxa de imposto às autoridades fiscais do país sobre os 452 mil euros de lucros declarados, mas 85% do imposto foi devolvido ao acionista da empresa”. Ou seja, à Nemo Limited. Ou seja, a Diego Reyes.

Também Herrera, médio e atual capitão dos dragões contratado em 2013 ao Pachuca, terá aberto duas empresas com o mesmo modelo (a Herrera Holdings Limited e a Herrera Management Limited) em fevereiro de 2014, embora ainda não tenha apresentado qualquer relatório e contas no registo comercial.

“Os contratos celebrados entre o FC Porto e os jogadores do plantel profissional são confidenciais, pelo que não podemos prestar qualquer tipo de informação”, comentou ao jornal Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto.