O Presidente da República diz que está à espera do relatório administrativo que o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, prometeu há cerca de uma semana para dali a duas semanas. Antes disso, Marcelo Rebelo de Sousa diz que é “prematuro” avançar com conclusões ou medidas.

Em declarações aos jornalistas em Matosinhos, transmitidas pelas televisões, Marcelo começou por dizer que” neste momento temos um número de pessoas atingidas provavelmente entre 40 e 50, mas muitas centenas podiam ter sido atingidas”. Lembrando as conclusões do modelo matemático, Marcelo destaca que “o número de vítimas mortais, a cujos familiares eu manifesto o meu pesar e a minha solidariedade, está em quatro, sendo que não aumentou o número de pessoas nos cuidados intensivos”.

A principal mensagem de Marcelo é pedir a conclusão do relatório administrativo.

Quanto à causa, o sr. ministro da Saúde disse há cerca de uma semana disse que em duas semanas esperava ter um relatório sobre as causas, para saber exatamente o que tinha provocado, naquela unidade hospitalar, e espero que assim aconteça, todos esperamos que isso venha acontecer, por uma razão muito simples e que o sr. ministro referiu: transparência. É muito importante, por uma questão de transparência num serviço público, saber-se se a causa se localizou naquele serviço público, qual foi a causa e a que conclusões chega o inquérito administrativo antes da investigação do Ministério Público.

Questionado sobre se as pessoas podem estar descansadas, Marcelo Rebelo de Sousa preferiu responder com o seguinte: “trata-se, na história recente do serviço nacional de saúde, de um caso excecional. Olhando para o Serviço Nacional de Saúde, espalhado por todo o país, não faz sentido estar a generalizar aquilo que aconteceu naquela unidade”.

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Naquela unidade, também é verdade que nunca aconteceu nada de semelhante no passado, e por isso é que é fundamental apurar a causa, conhecer as conclusões desse inquérito interno que o sr. ministro, em devido tempo, disse que ia ser divulgado duas semanas depois.

O problema estará perto do fim? “Olhando para o número de doentes internados nos cuidados intensivos e o número de casos, temos a sensação de que o período de incubação terminou e que não é provável que haja um salto no número de casos e no número de casos graves”, respondeu Marcelo.

Para já, “antes de conhecer o que se passou, é difícil dizer o que se deve fazer. Vamos esperar pelas conclusões do inquérito, pelas lições que temos de tirar, em termos de fiscalização, em termos estruturais, em termos logísticos”. “Vamos esperar para não estar prematuramente a dizer que é isto ou aquilo que deve ser feito”, rematou Marcelo.

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