O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prometeu esta sexta-feira fazer chegar ao Governo as preocupações dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, em greve há nove dias, e que lutam pelo reconhecimento da sua carreira profissional.

“Percebo a situação, ouvi o que me disseram e levarei a questão. Imagino o que sofreram no período de crise e percebo que quando há uma folga financeira os diversos setores digam que já chega de constrangimentos. Mas também ouço tantas vezes utentes a queixarem-se que chegam de longe para fazer um exame e não o fazem”, observou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República falava após ter sido interpelado por um grupo de pessoas que o aguardava junto às novas instalações da Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto, equipamento que o chefe de Estado inaugura esta tarde.

Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica entregaram ao Presidente da República uma carta, a mesma que dizem ter entregado há cerca de uma semana ao primeiro-ministro, António Costa, na qual fazem reivindicações que passam, por exemplo, pelo “reconhecimento da sua carreira profissional”.

O chefe de Estado mostrou-se sensível às preocupações dos profissionais, mas ao mesmo tempo questionou: “Estando em greve indeterminada, pensam nos milhares de pessoas que precisam de exames e não os conseguem fazer? Não podiam interromper a greve de quando em vez?”.

Em resposta, os técnicos garantiram que têm cumprido os serviços mínimos e lamentaram viver numa “dicotomia de sentimentos”: “A luta pela carreira profissional e o bem-estar dos utentes”.

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