O principal jornal da Coreia do Norte instou esta segunda-feira a população a aumentar a produtividade do setor agropecuário, para superar a última ronda de sanções da ONU, implementada pela China, o maior parceiro comercial do país.

Em editorial, o Rodong Sinmun afirma que os principais ativos norte-coreanos são as montanhas e mar do país e apela a que se “impulsione com força as campanhas para alcançar uma maior produção” em setores como agricultura e pesca. “Os imperialistas dos EUA afirmam que os seus misseis balísticos, os seus bombardeiros estratégicos e os seus submarinos nucleares são os seus maiores ativos estratégicos”, lê-se no editorial. “Mas os nossos são as montanhas de oiro, os campos de oiro e os mares de oiro”, acrescenta.

O diário denuncia as mais recentes sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU contra o país, devido ao seu programa nuclear, como uma tentativa de “privar o povo da Coreia do Norte da sua alegria, o seu sorriso, os seus sonhos e o seu futuro”.

Em setembro passado, o regime de Kim Jong-un realizou o sexto e mais poderoso teste nuclear até à data. Em reação, o Conselho de Segurança da ONU aprovou novas sanções destinadas a isolar economicamente o país e que incluem a limitação das suas exportações.

A China, que é responsável por 90% do comércio externo do regime de Kim Jong-un, adotou ainda medidas unilaterais, que incluem o encerramento de empresas norte-coreanas no país e redução no fornecimento de petróleo.

O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, afirmou na semana passada, em Pequim, que as autoridades chinesas relataram que a última ronda de sanções está a causar estragos na débil economia norte-coreana.

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