O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, disse que o crescimento homólogo de 2,5% da economia portuguesa no terceiro trimestre, divulgado esta terça-feira, vai permitir a partir de janeiro uma valorização real e automática das pensões abaixo de 850 euros.

O Instituto Nacional de Estatística divulgou um aumento de 2,5% do Produto Interno Bruto no terceiro trimestre deste ano, face ao mesmo período de 2016, uma desaceleração face ao aumento de 3% registado no trimestre anterior.

Os dados [do PIB, divulgados terça-feira] confirmam que atingimos um patamar de crescimento que vai dar direito a que cerca de 80% a 90% dos pensionistas, ou mais de 2,6 milhões de pensionistas, tenha um crescimento real das suas pensões”, disse o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, hoje em Lisboa, à margem da sessão de encerramento do Congresso Nacional da Economia Social.

“Ou seja, além da inflação, haverá – como a lei estipula – um aumento adicional, automático, a partir do mês de janeiro”, frisou o ministro, adiantando não saber ainda exatamente o valor desse aumento, uma vez que aguarda saber os últimos dados da inflação, de dezembro deste ano próximo.

A lei da atualização das pensões, descongelada há dois anos, calcula a atualização com base na média de crescimento anual do PIB nos últimos dois anos, terminados no terceiro trimestre, e na variação média dos últimos 12 meses do Índice de Preços no Consumidor (inflação), sem habitação. “Mas creio que os dados do crescimento económico, para além da importância que têm, por Portugal continuar a crescer a um bom ritmo, tem este impacto [nas pensões], não menos importante”, concluiu.

O ministro salientou ainda que esta atualização de pensões a partir de janeiro, a confirmar-se, vai acontecer “pela primeira vez” desde que a lei da atualização automática das pensões foi aprovada.

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