A Veolia, a empresa responsável pela manutenção das torres de arrefecimento do Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa, que estiveram na origem ao surto de legionela, lamenta “toda a situação” e apresenta “as suas sinceras condolências aos familiares das vítimas”. Numa nota de esclarecimento divulgada esta quarta-feira, a Veolia garante que foram tomadas, desde a primeira hora, todas “as medidas adequadas para interromper a possível fonte de transmissão e procedeu-se ao imediato encerramento da instalação” e que a empresa tem estado a colaborar diretamente com as autoridades competentes.

Frisando que foram desenvolvidos “todos os esforços colaborativos nos processos de investigação no sentido de apurar, com o maior rigor, o quadro deste surto”, a Veolia adianta que já foi mobilizada uma equipa de técnicos internacionais “com vista a auxiliar no cabal esclarecimento desta situação”. As conclusões serão depois partilhadas com as autoridades competentes. A empresa de manutenção está também a aguardar “os resultados dos processos de investigação em curso, elementos necessários à melhor definição do quadro deste surto”.

Na nota, a Veolia esclareceu ainda que as instalações do Hospital S. Francisco Xavier foram alvo de “procedimentos rigorosos e exigentes” e que as “rotinas de monitorização” por si praticadas “estão nível das melhores práticas” e incluem duas análises por mês. “A monotorização contínua é, para nós, uma prática corrente, de forma a mitigar eventuais riscos para os utentes, famílias e pessoal hospitalar.”

Número de casos de legionela sobre para 53

O número de infetados pela legionela subiu esta quarta-feira para 53, anunciou a Direção-Geral da Saúde (DGS). Há 34 doentes que permanecem internados — 28 em enfermarias e seis em Unidades de Cuidados Intensivos –, enquanto 14 já tiveram alta. O último balanço, divulgado na terça-feira, dava conta de 51 casos. A legionela já fez cinco vítimas mortais.

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