Esta é uma daquelas histórias que, depois de contada, poucos ou mesmo ninguém acreditaria ser possível. Mas aconteceu mesmo. Nasceu, desenvolveu-se e morreu em 24 horas, mas não deixa de ser um dos acontecimentos mais bizarros dos últimos tempos entre Kim Jong-un e um jogador de râguebi inglês.

O internacional Jonny May contou numa entrevista que tinha ficado fascinado com os imensos documentários sobre a Coreia do Norte que viu durante o Torneio das Seis Nações com o seu companheiro Ben Te’o e, a brincar, referiu que “estando lá, poderia remediar a atual situação de conflito com o exterior que se vive”. Mas nem todos interpretaram essa ideia numa perspetiva humorística.

“Quando voltei a Gloucester, tinha uma carta com um selo de cera que dizia ‘Privado, confidencial’. Era uma carta da embaixada da Coreia do Norte. Dizia assim: ‘Olá Jonny. Vimos que tu e o Ben Te’o demonstraram interesse no nosso país e gostaríamos de arranjar aqui na embaixada uma viagem para os dois, para conhecerem o presidente e terem uma visita VIP pela Coreia do Norte”, contou o jogador ao Daily Mail.

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“Enviei uma fotografia da carta ao Ben a perguntar ‘Mas que raio está a acontecer? É uma brincadeira?’. Ele respondeu-me que não: ‘Também recebi uma, eles estão de olho em nós’. Essa é a parte assustadora: eles estão mesmo de olho em nós. Ainda não fui à embaixada e até estou preocupado com isso porque não respondi. Perguntei sobre isso ao Eddie Jones [selecionador inglês de râguebi] mas ainda não respondemos. É provavelmente uma grande honra ser convidado, mas não vou à Coreia do Norte!”, acrescentou à publicação, que confirmaria depois com a embaixada o envio da referida carta.

Conflito EUA-Coreia do Norte nas mãos de Dennis Rodman (segundo o próprio)

Fica assim sem efeito o plano de Kim Jong-un para encontrar um novo mediador no conflito da Coreia do Norte. Mas ainda existe um antigo desportista e bem conhecido: Dennis Rodman, o excêntrico ex-campeão da NBA que é amigo pessoal do líder norte-coreano e que já se ofereceu por mais do que uma vez para fazer a ponte entre os dois países.