O juiz belga que tem em mãos o caso de Carles Puigdemont e dos quatro ex-conselheiros catalães que fugiram para Bruxelas anunciou esta sexta-feira que a sua decisão será comunicada a 4 de dezembro, uma segunda-feira. Na mesma sessão, a Procuradoria-Geral da Bélgica pediu ao juiz que cumprisse o mandado de extradição europeu emitido por Madrid.

Carles Puigdemont e os ex-conselheiros Antoni Comín, Clara Ponsatí, Lluís Puige e Meritxell Serret foram ouvidos esta sexta-feira pelo juiz

Apesar de o anúncio da decisão do juiz estar marcado para 4 de dezembro, Carles Puigdemont pode manter-se na Bélgica pelo menos até um mês para lá disso, já que pode interpor recurso caso a sua defesa discorde da sentença da justiça belga. O dia 4 de janeiro de 2018 é a data limite para a justiça belga decidir se extradita, ou não, o presidente destituído do governo regional da Catalunha, uma vez que é nessa data que se assinala do 60º dia após a emissão do mandado de extradição emitido por Espanha.

Carles Puigdemont e quatro dos seus ex-conselheiros — Antoni Comín, Clara Ponsatí, Lluís Puige e Meritxell Serret — são suspeitos dos crimes de rebelião, sedição e desvio de fundos. As suspeitas foram-lhes imputadas pela Procuradoria-Geral de Espanha no dia 30 outubro. Porém, na véspera, já se encontravam na Bélgica, onde permanecem até hoje.

Dias depois, faltaram à intimação da juíza Carmen Lamela, da Audiência Nacional, à qual compareceram oito nove ex-conselheiros do governo regional, entre os quais o ex-vice-presidente Oriol Junqueras. Destes últimos apenas um, Santi Villa, não foi colocado em prisão preventiva.

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