Pouco se sabe do propósito da mais recente missão da SpaceX. Sabe-se que será lançado um satélite, mas desconhece-se o seu objetivo. Pertence a uma agência governamental dos Estados Unidos da América, mas não se sabe qual delas é. O plano inicial previa o lançamento esta sexta-feira, mas já nem isso é dado como certo. Eis Zuma, a missão-mistério da empresa aeroespacial de Elon Musk, o criador e presidente da Tesla.

A única coisa de que há certeza nesta fase sobre a missão Zuma é que o lançamento será feito no Kennedy Space Center, no Cabo Canaveral, na Flórida, que o satélite será enviado para órbita terrestre baixa num Falcon 9, e que está previsto aterrar no mesmo local.

O lançamento estava marcado para esta sexta-feira, dia 17, mas a SpaceX anunciou a “retirada” da missão na quinta-feira para analisar dados de um teste à carenagem, uma espécie de ‘nariz’ aerodinâmico de fibra de carbono usado para proteger o satélite, realizado durante outra missão com outro cliente. A empresa não descarta a possibilidade de fazer o lançamento ainda esta sexta-feira, mas diz que vai levar “o tempo necessário para completar a avaliação de dados”.

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De acordo com a Quartz, a parte burocrática para a realização da missão foi tratada apenas um mês antes da data de lançamento. Considerando que estes processos demoram meses ou até mesmo anos a completar, a pouca antecedência e rapidez com que tudo foi tratado torna a questão ainda mais intrigante.

Também o The Verge escreve que o satélite foi construído pela Northrop Grumman, uma empresa de tecnologia aeroespacial e de defesa. O governo norte-americano ordenou que fosse a mesma empresa a escolher o foguetão em que seria lançado o misterioso satélite, tendo optado pelo Falcon 9 da SpaceX. Esta é a primeira missão de teor militar da SpaceX cujo cliente é desconhecido (a empresa já fez lançamentos para Força Aérea e para o Escritório Nacional de Reconhecimento, que até já negou envolvimento).

Várias teorias têm surgido relativamente ao propósito da missão. Algumas defendem que o satélite poderá ir encontrar-se com outro satélite secreto lançado pela SpaceX também este ano ou que possa ser um ‘satélite espião’ para controlar a atividade de países como a Coreia do Norte.

A missão Zuma poderá ser acompanhada em ‘livestream’ no canal de YouTube da SpaceX, que costuma começar cerca de 15 minutos antes da descolagem.