O ministro dos Negócios Estrangeiros do Senegal, Sidiki Kaba, voltou esta segunda-feira a expressar, na cidade da Praia, o apoio do seu país à candidatura de Cabo Verde à presidência da comissão da Comunidade de Estados da África Ocidental.

“Apoiaremos Cabo Verde na sua vontade de disputar a presidência da comissão da CEDEAO e fá-lo-emos sempre que necessário ao nível da União Africana ou das Nações Unidas. Sempre que houver necessidade, há uma concertação política de nos apoiarmos mutuamente”, disse Sidiki Kaba.

O ministro senegalês falava aos jornalistas, ao lado do homólogo cabo-verdiano Luís Filipe Tavares, no final de uma visita de um dia a Cabo Verde para participar na oitava comissão da reunião mista Cabo Verde/Senegal, estrutura que não reunia há 23 anos.

O Presidente da República do Senegal, Maky Sall, tinha já enviado, em outubro, uma mensagem ao homólogo cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, a manifestar o apoio do país à candidatura.

Por seu lado, Luís Filipe Tavares “agradeceu o apoio incondicional do Senegal” e adiantou que a candidatura de Cabo Verde à presidência da comissão da CEDEAO conta com o apoio da quase totalidade dos 15 países membros da organização.

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“Cabo Verde tem vários países que o apoiam e estamos a trabalhar para consolidar a candidatura. No momento oportuno, Cabo Verde apresentará o seu candidato e toda a documentação necessária nas instâncias oficiais da CEDEAO para a efetivação da candidatura”, disse.

Questionado sobre quais e quantos são os países que já garantiram o apoio a Cabo Verde, Luís Filipe Tavares adiantou que são “quase todos” e que é preciso continuar a “trabalhar para consolidar esse todos”.

“Há muitos países, um grande número de países que apoia esta candidatura. Temos de continuar a trabalhar para consolidar esse apoio”, disse, sem precisar.

Quanto ao candidato que irá protagonizar essa candidatura, Luís Filipe Tavares adiantou que o Governo irá “escolher tranquilamente” o nome a indicar.

“Vamos apresentar um excelente candidato, que orgulha não só o Governo, mas Cabo Verde e a própria CEDEAO”, disse, adiantando que o escolhido “será apresentado brevemente”.

O nome do candidato terá de ser apresentado para discussão na cimeira de chefes de Estado da organização, marcada para 16 de dezembro.

“Politicamente é muito importante para Cabo Verde conseguir esta presidência, porque significa levar o nosso conceito de democracia, as liberdades e os direitos humanos para o centro do debate na CEDEAO”, disse.

Cabo Verde espera poder assumir a presidência da CEDEAO em 2018 e a escolha do nome a indicar será feita por concertação entre o Governo e o Presidente da República, no entanto são já vários os candidatos a um lugar, que não é ainda seguro venha a ser ocupado pelo país.