A par do que já tinha feito em 2016, o artista britânico Chris Barker voltou a homenagear os famosos que morreram este ano. E fê-lo novamente com a capa do álbum “Sergeant Pepper’s Lonely Hearts Club”, de 1967, dos The Beatles, a servir de inspiração. Barker partilhou no início deste mês a montagem com famosos no Twitter, e o post conta com mais do que mil gostos e cerca de 730 partilhas.

Hugh Hefner, fundador da Playboy que morreu no final de setembro, o apresentador de de televisão Bruce Forsyth e os músicos Chester Bennington, Fats Domino e Chuck Berry são alguns dos 55 famosos que figuram na montagem de Chris Barker. Mas houve quem tivesse sido excluído.

Deixei de lado o assassino Ian Brady. Não senti a necessidade de promover a imagem de uma pessoa puramente conhecida por matar crianças. É melhor relembrar as pessoas famosas por coisas boas e não por coisas más”, disse Barker à Euronews.

Por outro lado, não há só celebridades na montagem: a personagem de banda desenhada Miffy e o urso Paddington aparecem na capa porque os seus criadores morreram em 2017 e, de acordo com Chris Barker em declarações à Euronews, “as personagens são mais conhecidas do que os próprios autores”. Pela mesma razão, aparecem as personagens de Wallace e Gromit já que o ator Peter Sallis, que morreu em 2017, era a voz de Wallace.

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O Brexit, o P45 e os rolos de papel de Trump

Não só de celebridades é feita a capa. Escrita em flores, a palavra Brexit aparece novamente — já tinha aparecido na capa de 2016 — em frente às celebridades para “mostrar como, um ano depois, nada mudou”, explicou Barker.

Por falar em Brexit, a primeira-ministra britânica não escapou. O episódio em que foi “despedida” também é relembrado. Ao lado da palavra escrita em flores, está um P45 — o formulário que descreve quanto o funcionário pagou de impostos naquele ano fiscal e que é dado pela empresa quando termina o contrato — para relembrar o momento em que um comediante se dirigiu ao palco onde Theresa May discursava e lhe entregou um desses formulários, na conferência anual do Partido Conservador.

Trump também não é esquecido. Além do boné vermelho onde se pode ler “USA”, outro episódio do ano de 2017 relacionado com o presidente norte-americano é relembrado pelo artista: o momento em que Donald Trump ajudou na distribuição de mantimentos às vítimas do furacão Maria, numa visita a Porto Rico, e fê-lo atirando pelo ar rolos de papel.

A primeira vez que artista britânico começou a fazer esta montagem com a famosa capa do disco dos The Beatles foi em 2016 — um ano em que morreram alguns dos nomes mais importantes do cinema e da música como Bowie, Prince, George Michael e Carrie Fisher. No ano passado, a capa conseguiu mais do que 61 mil gostos cerca de 33 mil partilhas.

A capa original do álbum dos The Beatles (Foto: Wikimedia Commons)

A capa do álbum “Sergeant Pepper’s Lonely Hearts Club” dos The Beatles foi lançada originalmente a 26 de maio de 1967. Na capa, apareciam vários atores, músicos, escritores e futebolistas, incluindo Mae West, Bob Dylan e o poeta galês Dylan Thomas, escolhidos pela banda devido à sua influência na cultura pop.